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Mensagens - dario.rostirolla

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Observatórios /
« em: Abril 17, 2007, 09:00:37 pm »
Uma informação adicional: embora seu observatório deva ser construído com pilar bem profundo (no mínimo 1,5m), muitos telescópios profissionais atingem estabilidade alargando a base do pilar com emprego de pouca profundidade.

Verifique em

http://www.hs.uni-hamburg.de/DE/Ins/Per/Kuehl/FHS/jpeg/6-23-Uhrenraum.jpg

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Discussão Geral /
« em: Abril 17, 2007, 08:39:03 pm »
Fil,

O espelho da conferência de Stellafanne (de Peter Chen) tinha 40cm de diâmetro e 1/10 de onda.

Quanto à técnica de produção, ela é muito interessante - emprega-se uma matriz, de vidro. O material compósito é depositado sobre essa matriz e depois se "desgruda" manualmente.

A vantagem é que se pode produzir grande número de espelhos com cada matriz. É possível que essa tecnologia venha a substituir os espelhos atuais, de vidro/metal.

Detalhe: passei uma informação incorreta - o telescópio Spitzer nada tem a ver com isso - estava me referindo ao futuro telescópio espacial, que irá substituir o Hubble.

A tecnologia dos espelhos compósitos está sendo desenvolvida por Peter Chen, da NASA. No passado, estive pesquisando mais sobre isso, por curiosidade, e descobri que, embora as tecnologias envolvidas sejam secretas, podemos encontrar a composição química deste material em determinados artigos da Internet.

Pode ser construído com materiais comuns do mercado.

Abs,

Dario

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Discussão Geral /
« em: Abril 17, 2007, 06:28:25 pm »
Primeiro, parabéns, especialmente ao Guilherme de Almeida, pelo nível técnico deste tópico.

Gostaria de acrescentar que espelhos estão sendo desenvolvidos em material sintético pela NASA. Provavelmente o próximo telescópio espacial (o Spitzer) será construído com este material. Os espelhos se desdobrarão no espaço, formando uma grande superfície ótica.

Um especialista, não me recordo o nome - está encarregado de desenvolver essa tecnologia. Há muitos anos, ele levou um telescópio desses, newtoniano, com 1/10 de onda, à conferência de construtores de telescópios de Stellafanne.

O interessante é que esses espelhos, desenvolvidos com um material compósito bastante complexo, são flexíveis - podem até ser dobrados! Depois, eles voltam à figura original. A base do material compósito é a fibra de carbono.

Inclusive, já existem empresas que... vendem destes espelhos!

De vez em quando, me deparo - na Internet - com novas tecnologias desta área. Polimento iônico de superfícies óticas, espelhamento a quente, com revólver de ar e solda elétrica, telescópio de vapor (sem lentes) etc...

Saudações,

Dario

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Discussão Geral /
« em: Abril 16, 2007, 07:30:25 pm »
Olá Guilherme, seu relato é muito interessante! É por isso que os americanos falam de APO FEVER hehehe

Um fator adicional que privilegia os refratores contra os refletores é a influência dos defeitos óticos sobre a frente de onda. Num refrator, o mesmo defeito ótico produzirá uma perda de qualidade de imagem, principalmente contraste, muito menor.

Já vi um projetista (Mike Simmons) afirmar que um espelho, versus uma lente produzida com a mesma técnica, introduz... 15 vezes aberrações sobre a frente de onda!

O problema é que nunca vemos a cor (quer dizer, a falta de cor) de um apocromático disponível aqui no mercado brasileiro...

Dario

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Discussão Geral /
« em: Abril 12, 2007, 04:11:19 am »
Guilherme,

De fato, para aproveitar 100% da capacidade ótica, além de tudo favorável precisamos de um observador experiente! O que um leigo verá é diferente do que um observador treinado divisa.

Por exemplo, fizemos uma experiência aqui em Londrina. No observatório, colocamos toda a equipe para desenhar o mesmo objeto - um aglomerado aberto, o Kappa Crucis. Depois, comparamos os desenhos com uma fotografia. Surpreendentemente, cada um desenhou seu próprio aglomerado, completamente diferente do original!

Espero que aí em Portugal os resultados sejam melhores hehehe

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Discussão Geral /
« em: Abril 11, 2007, 07:40:20 pm »
Caro Guilherme de Almeida, obrigado pela resposta. Demorei para perceber que tinha sido respondido, desde que o site é muito rico.

É mesmo - muito depende da distribuição da qualidade ótica na superfície.

Contudo, estranhei a afirmação referente aos espelhos de 15cm f/8, desde que alguns especialistas contestam Texereau...

Um deles é Harold Suiter, uma fera, autor do "Star Testing Astronomial Telescopes". Ele afirma que o espelho de Texereau é near-perfect, e não perfect.

As duas condições D&C, colocadas por Suiter num gráfico na revista Telescope Making, indicam que o espelho só é diffraction-limited a partir de f/10.25, preferencialmente f/12.

No gráfico, as duas condições formam cones, sendo que a condição 2 é atendida a parir de f/8.2 e a condição 2 a partir de f/9.5. Ocorre, no entanto, que os gráficos das funções só coincidem, sobrepõem-se (overlap) a partir de f/10.25. Antes disso, o espelho não pode ser diffraction-limited porque inexiste no sistema algum foco que atenda às duas condições simultâneamente.

Além disso, a imagem de difração não é um disco, mas uma figura geométrica em que a luz é concentrada principalmente no centro. Por isso, em tese, o espelho precisa ser mais do que diffraction-limited.

Especialmente considerando-se que o círculo de menor aberração, pela condição 1, permite que a aberração transversa transmita energia para fora do disco de difração, o que já não ocorre numa parábola de Millies-Lacroix.

Porém o que mais me surpreende é a afirmação do autor, o mais renomado perito em Star Test (inclusive autor de programas de ray tracing), de que observou em espelhos esféricos de 15cm com f/8.2 e f/12 e que, segundo ele, a diferença é gritante a favor do f/12.

Isso conflita com o relato de Ceravolo...

Caro Guilherme, sei que você é especialista... me diga o que acha dessas afirmações de Harold Suiter.

Grato,

Dario

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Observatórios /
« em: Abril 04, 2007, 09:08:24 pm »
Tenho impressão de que esse pilar é pesado... menos que 1,5m de profundidade é arriscado...

1,5m é suficiente... dois metros, se quiser colocar uma mulata sambando em cima...

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Discussão Geral /
« em: Abril 02, 2007, 06:00:27 pm »
Sobre qualidade ótica, existem alguns mitos que venho combatendo:

1. Mito de que um espelho com 1/4 de onda na frente de onda é diffraction-limited.

2. de que um espelho com 1/4 na frente de onda (1/8 na superfície) é um espelho de ótima qualidade.

3. de que um espelho esférico de 15cm f/8 não precisa ser parabólico.

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Montagens / Goto optical MX-II
« em: Abril 02, 2007, 04:34:33 pm »
Certa vez, encontrei na internet uma foto da maravilhosa montagem MX-II, que a Goto não fabrica mais... uma das melhores montagens equatoriais que conheço. Gostaria muito de encontrar de novo esta foto para apresentá-la no forum.

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Observatórios /
« em: Abril 02, 2007, 04:31:00 pm »
Que dizer? Está ótimo...

Minha sugestão é construir algo que não saia do lugar quando tropeçar nele rss... já tive problemas com isso.

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Observatórios /
« em: Abril 02, 2007, 04:19:40 pm »
Achei interessante a foto de um observatório que usa uma furadeira comum, dessas manuais, para acionar a cúpula...

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Observatórios /
« em: Março 26, 2007, 04:17:51 pm »
Ok, conheço estes sistemas, porém a dúvida é... sendo Open Source, posso empregar este dispositivo num telescópio e depois vendê-lo?

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Discussão Geral /
« em: Março 26, 2007, 04:09:24 pm »
Te confesso que ainda não vi um único desses com qualidade em comparação a um newtoniano... para mim, a única vantagem é o campo visual para astrofotografia.

Em tal caso, sugiro testar a qualidade através de um objeto conhecido, como Júpiter (jamais a Lua). Nunca experimentei com um SCT, mas apontar o telescópio para uma lâmpada distante e usar um retículo de Ronchi no foco (a imagem deve apresentar linhas retas) pode indicar se está sub ou sobrecorrigido, bem como oferece uma imagem da frente de onda. Por fim, existe o Star Test, que é algo indireto e só um telescópio perfeito passaria.

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Observatórios / cúpula leve ou pesada?
« em: Março 23, 2007, 07:39:54 pm »
Se construímos uma cúpula pesada, como controlar seu movimento pelo micro? Tenho ouvido falar de circuitos muito simples, com base no timer 555, que controlam um motor através da porta serial por meio de uma bateria de 12V. Logo, uma cúpula leve é fácil de automatizar.

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Observatórios /
« em: Março 23, 2007, 07:14:36 pm »
Quanto à parte da alvenaria, gostaria de sugerir um texto da Internet, da Associação Brasileira de Cimento Portland, que ensina o trabalho de pedreiro. Neste link, baixe o manual Mãos à Obra:

http://www.abcp.org.br/downloads/index.shtml

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