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Astrofotografia: Digital / Eclipse de 16 de Agosto: APOD e imitação!
« em: Agosto 21, 2008, 04:39:13 pm »
No APOD de ontem apareceu esta fotografia do eclipse, montada de forma a que a Umbria aparecesse estática.

Foi tirada por senhor Grego, Anthony Ayiomamitis.

Eu enchi-me de coragem, e tentei imitar o APOD dele com as imagens que tinha.. O resultado (pior) foi este!


Que é que queriam? Uma coisa melhor? :-D:-D

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Actividades e Eventos / Astrogalícia 08
« em: Agosto 01, 2008, 09:59:10 am »
Nos mesmos dias da Astrofesta, há um outro encontro de astrónomos no país vizinho, a Astrogalicia 08, a menos 100 Km de Portugal, indo por Vigo (é em Forcarei, Espanha).
Quem esteja lá tão a Norte, talvez possa considerá-la uma alternativa a ir à Astrofesta perto de Serpa. Tem é que treinar o ouvido um pouco :)

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Notícias / Trânsito lunar na Terra observado
« em: Julho 19, 2008, 10:23:50 pm »
Em maio, fomos fotografados a 50 000 Km de distância, pela mesma sonda que largou um grande balázio num asteróide!
A missão Deep Impact foi alargada, mudando de nome para EPOXI, e consequentemente tornando-se menos agressiva aos corpos celestes :)
A mais recente novidade desta sonda foi ter-nos filmado do espaço captando, um trânsito da nossa conhecida Lua.

Podem também ver uma versão com IR em vez de vermelho, em que se distingue melhor a massa terrestre dos oceanos: NIR+G+B. A diferença é pouca, mas..

O press release original e mais pormenores aqui:
http://www.nasa.gov/topics/solarsystem/features/epoxi_transit.html

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Astrofotografia: Digital / Júpiter em Sagitário
« em: Julho 08, 2008, 04:11:53 pm »
Na madrugada de Segunda-feira, Júpiter brilhava em Sagitário, junto da Via Láctea.. E brilhava assim:


Esta fotografia foi tirada enquanto o telescópio estava apontado à M16 e é a composição de 67 imagens de 15" F/2.0 @ ISO 200.
Claro que tive que subtrair o gradiente do céu para conseguir extrair a Via Láctea da fotografia desta forma, mas ela está lá :)

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Notícias / O espelho de 8,4m do LSST
« em: Junho 21, 2008, 12:03:19 pm »
Para quem gostar de ler notícias e comentários misturadas no mesmo saco :)
Estava há pouco a ler uma notícia do fabrico de um espelho de 8.4m de diâmetro com uma configuração peculiar, e ao fazer umas contas baralhei-me..



A notícia da NewScientist fala da conclusão da parte "mais fácil" da construção de um espelho de 8,4m. Trata-se do espelho do futuro LSST (Large Synoptic Survey Telescope), e que vai parar aos Andes Chilenos lá para 2015. Esta parte "mais facil" foi só o derretimento de 14 toneladas de vidro num molde rotativo :)
O dito espelho é especial, pois na realidade são dois, esculpidos no mesmo naco vítreo: um espelho primário e um terciário, ambos côncavos. Isto obriga que o inerte transparente seja particularmente espesso: 1 metro no bordo, e 1/3 disso na zona mais fina.
Só de imaginar isto já tem piada, porque se esculpisse a forma do espelho pela forma clássica de ATM, ia sobrar muito vidro! Daí que o molde seja rotativo (enquanto o vidro está maleavelmente derretido), o que poupa bastante trabalho e material.


(A primeira pedra... de vidro)

Mas para fazer o gosto aos mais "techies", o que vai sofrer o último impacto dos fotões tem 60cm de largura e pixeis de 10 micron. Belo! Nem quero imaginar o débito de nitrogénio líquido que vai fluir pelas veias da câmara..

Bom, mas o que realmente me baralhou a cabeça nas especificações foi o que li na notícia a cerca do que o telescópio vai "ver"! O Projecto propõe tirar uma fotocópia do céu inteiro a cada 3 dias, e a ajudar a isso está um campo de visão - e passo a citar - "40 vezes maior que a Lua Cheia". Ora lendo isto, o comum dos leitores menos informado (vulgo "eu") vai pensar duas coisas: - A Lua Cheia tem um tamanho diferente da Lua Nova (ok, esta foi a brincar :-D), e o campo de visão tem um diâmetro 40 vezes maior que o diâmetro da Lua..
Com isto, além de me cair o queixo, surgiram-me umas dúvidas quanto à veracidade da coisa.. É certo que o maior sensor (analógico) com o qual brinquei até agora foi uma tira de filme fotossensível com 60mm de largura, mas conhecendo a dimensão aparente da Lua no perigeu e com um espelho de 8,4 metros não ia conseguir meter 20 graus de ângulo sólido celeste numa chapa 20% mais larga que meio-metro. Para fazer isso, o espelho tinha que ter 1700mm de focal e, consequentemente, ser um F/0,2.. E eu sempre ouvi dizer que era impossível ter relações focais inferiores a 1!!! Muito embora haja objectivas fotográficas nessas condições curiosas, F/0,2 era demasiadamente ainda mais impossível :)

Ora só depois de consultar o site oficial do LSST é que percebi a falácia escorregadia em que me tinha metido ao ler a notícia!
Neste site eles já apontam 10 graus quadrados de área de céu perscrutada por fotografia.. Ora 10 graus quadrados, num sensor quadrado, já daria raíz-quadrada de 10 por raíz quadrada de 10 de área de céu.. Isto já se faz com uma distância focal um nadinha à quem dos 11 metros.. O que com os 8,4m de abertura já aponta uma relação focal mais realista de F/1,3.
Ora temos aqui um novo desenho óptico a concorrer com a fama das câmaras de Schmidt!


Mais pormenores sobre o telescópio estranho podem ser vistos no PDF que faz o overview do LSST. Tem umas imagens giras e uns gráficos bonitos que também coloquei aqui.. Para quem, como eu, não quer ler 29 páginas incluindo referências, saltem logo para a página 10, que mostra a localização da câmara entre o secundário e o terciário. Dêem também um salto cómico à página seguinte, para verem que uma pessoa cabe dentro da câmara entre o obturador de cortina e o segundo elemento do corrector. Cada elemento do corrector dava uma bela antena parabólica, se pintado da cor a condizer! :)

Uma outra forma mais confortável de ter uma noção do que vai ser o LSST é seguindo a "visita guiada".
Não percam estas e outras imagens e vídeos do processo de contrução.
E para ver como é que se fazem fotos a cores num sensor mono-cromático deste tamanho, a resposta está no vídeo (844KB) do engenhoso sistema de colocação de filtros.

Bons passeios,

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Esta próxima madrugada, por volta da meia noite e meia hora de Portugal Continental, entramos no Verão. Para aproveitar a coincidência do início do Verão com o fim-de-semana, os centros de ciência viva de Constância e de Estremoz vão ter algumas actividades relacionadas com a posição do Sol e o nosso planeta. Nomeadamente, em Constância vai ser o dia do relógio de Sol, e em Estremoz (ou um pouco por todo o país -- ainda não percebi) vão ser realizados medições semelhantes às de Eratóstenes, que com base em sobras concluiu que a Terra era redonda e estimou um raio para ela. Sobre esta última actividade, apesar de ter sido feita em conjunto com a Câmara Municipal de Estremoz, não consegui encontrar informação na página de notícias. Como tal não sei onde é que vão ser os poucos por todo o país, mas acho que vão ser dois: um em Constância e outro em Estremoz..

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Júpiter / Sombra ao fim-de-semana
« em: Junho 02, 2008, 12:01:43 pm »
Na noite de Sábado para Domingo (7~8 de Junho 2008) pouco depois da meia noite, vamos ter uma sombra de Io em Júpiter seguida do trânsito de Io também.
A Altura entre as 00:18 e as 01:00 (hora local de Portugal Continental) deve ser a mais fotogénica para equipamentos modestos, com Io ainda antes de iniciar o trânsito e a respectiva sombra já "visível" em Júpiter. Quem tiver equipamento foto-planetário mais a sério e conseguir distinguir Io em cima de Júpiter, pode tentar fotografá-los mais perto das 02:00, porque estão mais alto no céu. Neste caso ficam com Io e a sombra dentro do disco de Júpiter. Calisto pode ser um bónus interessante, bem perto a Oeste de Júpiter. A Sombra de Io vai-se às 02:35, e Io reaparece sobre fundo negro às 03:19.

Para mais detalhes, podem ver no calsky.com sobre Jupiter
Alguém vai tentar observar ou fotografar?

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Montagens / Motores de passo ou motores Servo DC?
« em: Maio 25, 2008, 08:06:09 pm »
Como se poderão comparar motores de passo (stepper) com motores Servo DC?
Quais as vantagens de uns e outros?
Em montagens equatoriais onde se quer um controlo fino sobre a posição actual do eixo, um DC tem vantagem?
Quem gasta mais para a mesma força?
Quem roda mais depressa?
Quem queima primeiro?

Porque é que ainda se usam uns e outros?

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Montagens / Autoguiagem vs guiagem via "software"
« em: Maio 09, 2008, 09:32:38 am »
Algumas montagens têm uma porta dedicada para autoguiagem. Isto permite que se tivermos algum sistema autónomo (sem portátil) de guiagem, o possamos ligar lá, e não é preciso portátil para isto. Ou então, se for necessário um portátil para guiar, pode haver menos um cabo a ligar o portátil à montagem, uma vez que o cabo liga logo da câmara (ou outra caixa) à montagem. Pode ser prático!

A minha dúvida prende-se com quando nós já temos que ter um cabo da montagem a ligar ao computador. Qual a vantagem de usarmos a porta de autoguiagem na montagem? é mais um cabo ao barulho!

Em termos de comunicação, a câmara envia a imagem para o portátil, o portátil interpreta-a e envia comandos ou para a montagem (via USB/porta-série) ou para a câmara para ela depois enviar para a porta de autoguiagem.
Nestes casos em que a câmara guia não é autónoma, e o portátil precisa de controlar a montagem, não é necessário usar a porta guia nem ter a electrónica associada a isso, certo?

Haverá alguma vantagem ou desvantagem que me esteja a escapar?

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O Exterior / Cor Caroli: a bola de Bilhar.
« em: Maio 02, 2008, 12:07:36 am »

No primeiro dia do mês do trabalhador, decidi-me imaginar a olhar para cima. Lá para depois do tecto de casa; depois da atmosfera da outra Nossa Casa; e a seguir mesmo aos limites do próprio Sistema Solar.. Do sítio onde estou, mesmo no Zénite, o mês de Maio entra com a constelação dos Cães de Caça (Canes Venatici). Às 00h00m do primeiro dia do mês, a 46 minutos de arco do Zénite, está Cor Caroli, a estrela mais brilhante da constelação. Tem uma magnitude visual de perto de 2.9 e não é assim muito brilhante visto do nosso planeta.
Na realidade não é bem uma estrela.. É um sistema binário, formado por duas estrelas. A estrela menos brilhante deste sistema tem uma magnitude de 5,5, que é consideravelmente menos que a sua companheira. Estas estrelas estão separadas entre si de 20 segundos de arco, e por incrível que pareça, isto é facilmente observável com uns binóculos! Imaginem duas estrelas em cada lado de uma moeda de 1 cêntimo, do outro lado da rua! A mais forte na cara da moeda, e na coroa outra pintinha de mag 5,5.. A separação angular é idêntica à espessura de uma moeda de 1 cêntimo, vista de perfil, a 14 metros de distância. Dá mais trabalho equilibrar a moeda de 1 cêntimo em cima da pedra da calçada, para fazer a experiência, do que observar o resultado com uns comuns binóculos 10x50 :)

Se observadas com atenção e talvez com uma abertura mais generosa que os binóculos, este sistema binário revela uma cor azulada na sua estrela mais intensa de classe espectral A0, e um branco amarelado na mais ténue de classe espectral F0. É como se um espectáculo de fogo de artifício à escala galáctica tivesse sido pausado a 110 anos-luz de nós, antes de eclodir em mais cores.

Mas os truques na manga destas estrelas não se ficam por aqui. A estrela mais brilhante, é também uma estrela variável, e ela é de tal forma especial que deu o nome à própria classe de estrelas variáveis (Canum Venaticorum). Pensa-se que esta estrela tem campos magnéticos extremamente fortes capazes de criar manchas estelares de tal ordem que isso se chega a medir em um escurecimento em 0,1 magnitudes. Dado que o aparecimento de manchas estelares não é coisa rápida, a variação rápida de brilho em poucos dias é atribuída à rotação das estrelas. Uma variação de brilho de 0,1 magnitudes corresponde a uma variação de 1,096 vezes no brilho. Isto significa que Cor Caroli podia ser uma bola branca de bilhar (diam=57mm), ter uma pinta preta com 2,7mm na superfície, e rebolar na mesa uma volta a cada 5 dias e meio :) Toda a luz que vem dessa bola de bilhar varia em 0,1 magnitudes.. É uma forma lenta, mas diferente, de ver uma partida de bilhar!

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Diversos / [Software] - estrelas G2V no Cartes du Ciel
« em: Janeiro 17, 2008, 12:43:56 pm »
Viva,

Não sei se conhecem o Cartes du Ciel, mas é um software de planetário gratuito, não muito "fluido", e algo semelhante a um programa de CAD (cheio de menus e botões, com atalhos de teclas pouco óbvios, curva de aprendizagem grande, não muito bem documentado, e alguns problemas de interface).. Ainda assim é o que eu uso para pensar no que vou fazer à noite..
Ora não há-de tardar muito para eu ter a necessidade saber o que deve ser considerado "branco" numa fotografia.. Uma forma de fazer isto é encontrar estrelinhas "brancas", ou de referência. Essas estrelas, que iluminando uma coisa branca mostram o mesmo "branco" - com aroma a Lavanda - que uma coisa branca iluminada pelo nosso Sol, têm obviamente o mesmo tipo espectral que o Sol! ou seja, sao estrelas G2V (Gê-Dois-Vê, embora o Vê seja na realidade um 5 romano)
"Gê" denomina a classe espectral do "aproximadamente branco", das estrelas lavadas com lixívia.. o "2" tem a ver com o facto de ser mais avermelhado que o "0" e menos encardido que o "9"..  O "V" pertence a uma outra classificação que já não está tão relacionada com a temperatura da superfície da estrela, mas está antes relacionada com a luminosidade dela.
Quem quiser saber onde estas estrelas G2V estão no céu, pode encontrar uma lista delas, ordenada pelas coordenadas de AR, na página da Gemini Hipparcos G2V Spectroscopic Standard Stars.

Bom, mas isto tudo para dizer, que o Cartes du Ciel não tem um catálogo específico para elas.. O que dava jeito era ter estas estrelas assinaladas, ou uma forma de conseguirmos vê-las sozinhas.
Isto motivou-me para passar as coordenadas acima mencionadas para um catálogo no Cartes du Ciel, e foi isso que fiz. Se por acaso alguém estiver interessado nele podem descarregá-lo daqui: g2vcatalog.zip (22KB). O ficheiro tem lá dentro (dentro da directoria G2V) um ficheiro readme.txt com instruções para carregar o catálogo no Cartes du Ciel.

Ver as estrelas no mapa, permite desconfiar de umas coisas! Há mais estrelas destas identificadas no Hemisfério Sul do que no Hemisfério Norte :P

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Fotografia e Imagem / M1 a duas cores
« em: Dezembro 28, 2007, 04:10:52 pm »
Resolvi fazer uma experiência, com um filtro H-alpha e com um de corte de IR, e tirar duas fotos da M1 para juntar em duas cores.
O resultado foi este:

no vermelho está 1 só foto de 5 min de "lúminância" (filtro IR-cut), no verde 1 só foto de 40min de Ha de 3nm (filtro mesmo muito estreito e opaco) e no azul deixei um dark de 5min.
As fotos foram tiradas em dias diferentes, e nota-se que rodei uma delas (a do H-alpha).. Este era só um primeiro teste para ver como ficava, e não juntei mais imagens.. É uma estreia minha no mundo a cores com a minha câmara nova (Atik 16HR) e com um telescópio-guia mais rígido.

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Construir e montar telescópios (ATM) / Curso ATM
« em: Dezembro 05, 2007, 12:21:01 pm »
A Orion aparentemente já fez um curso sobre construção de telescópios.
Citação de: "Miguel Lopes"
Este curso era interessante:
http://orion.no.sapo.pt/cursos/telescopios.html
Parece-me que o curso foca mais na construção do esqueleto exterior de um DOB, e não na confecção de espelhos.
Será que se consegue construir o invólucro de um reflector em 12 horas? ;-)

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Notícias / Spitzer fotografa embrião de um "sol"
« em: Novembro 30, 2007, 04:12:05 pm »
O telescópio espacial Spitzer fotografou ontem uma estrela parecida com o Sol em formação e a ejectar material, na constelação de Cepheus.
A fotografia assemelha-se a uma garrafa de champanhe a jorrar espumante em comemoração do nascimento da estrela ;)

O press release original em inglês: Newsroom do Spitzer Space Telescope (NASA).
Uma tradução para português pode ser vista aqui De tudo, um pouco (blog).


(imagem da NASA)

Parece-me que o jornal O Público de hoje também traz a notícia.

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Terra / A Terra à noite, vista pela Rosetta
« em: Novembro 16, 2007, 09:42:37 am »
A sonda Rosetta, da Agência Espacial Europeia, que já vai a caminho do seu encontro com o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko (que já só será fotografável algures a partir do próximo ano, talvez só durante o último semestre do ano, mas ainda mesmo muito ténue), fez uma manobra de "fly by" pela Terra no passado dia 13 de Novembro, e tirou-nos umas fotografias a preto e branco.
Entre as fotografias tiradas pela sonda estão umas ao nosso dia, e outras ainda mais espectaculares à nossa noite.

Aqui fica uma delas com uma vista centrada no oceano Índico e anotada com locais de referência:

Credits: ESA ©2005 MPS for OSIRIS Team MPS/UPD/LAM/IAA/RSSD/INTA/UPM/DASP/IDA


(adaptado de spaceweather.com)

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