Astronomia => Telescópios => Equipamentos => Discussão Geral => Tópico iniciado por: AJC em Novembro 01, 2011, 02:55:34 am

Título: A importância dos pequenos
Enviado por: AJC em Novembro 01, 2011, 02:55:34 am
Prezados,
...em se tratando de observação visual aparecem muitas diferenças na prática astronômica entre observadores do hemisfério Sul e Norte, principalmente entre Europa e Brasil pelo fato de um país tropical estar muito mais perto do equador do que um país europeu com latitudes de 40 a 55 graus. Na região mais populosa do Brasil estamos entre latitudes 15 a 25 graus (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília). Isso torna desafiador a utilização de montagens equatoriais pois qualquer obstrução esconde o pólo Sul. E além disso não temos a estrela polar que aponta, a vista desarmada, a direção do pólo. Então os refletores tendem a ser do tipo dobsoniano e os refratores em montagem azimutal, ou seja, nada de acompanhamento em montagem EQ.
Na Europa o frio intenso entre novembro e fevereiro afasta observadores e no verão a eclíptica fica muito baixa prejudicando o acompanhamento da Lua e planetas enquanto que no Brasil temos noites de clima ameno ao longo do ano, sem neve, e eclíptica alta o ano todo. Isso torna observadores europeus e brasileiros bem diferentes e influencia a escolha de equipamentos. Lendo atentamente o que vocês escrevem aqui no Fórum eu percebi isso.
Estando no Brasil, produzi uma série de vídeos (5 partes) num total de 42 minutos, descrevendo a importância da utilização de pequenas aberturas na prática astronômica e talvez algum europeu se identifique com os aspectos que descrevi. Mas reconheço que é uma visão bem regionalizada, de quem está no Sul, próximo ao equador. Confiram.

http://www.vaztolentino.com.br/noticias/67