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Tópicos - PauloSantos

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Notícias / Câmara de infravermelhos portuguesa
« em: Maio 08, 2007, 05:33:33 pm »
A CAMCAO é uma câmara de infravermelhos próximos concebida para ser usada num dos telescópios do VLT (ESO) conjuntamente com um inovador sistema de óptica adaptativa designada por MCAO (Multi-Conjugate Adaptive Optics). Esta é a primeira câmara de alta resolução e campo de visão largo a utilizar esta técnica de correcção da turbulência atmosférica.

A construção da câmara e a sua validação ficou a cargo de uma equipa portuguesa, liderada pelo Laboratório SIM da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, com participação do LIP-Coimbra e INETI, e foi financiada pela FCT.

Pronta em 2005, a câmara foi entregue no final desse ano ao ESO para ser integrada no sistema MAD (Multi-Conjugate Adaptive Optics Demonstrator) . Em Janeiro deste ano, o demonstrador foi enviado para o Observatório do Paranal (Chile) para ser instalado no telescópio Melipal do VLT.


Região central do enxame globular de Omega Centauri, observado com diferentes técnicas de óptica adaptativa. A imagem de cima foi obtida com a CAMCAO, com uma exposição total de 5 minutos. O campo tem 2 minutos de arco de lado e as estrelas têm um FWHM de 0,08 e 0,1 segundos de arco! As estrelas utilizadas pela técnica MCAO estão identificadas com uma cruz. Em baixo, uma região da imagem de cima, com 14 segundos de arco, observada com diferentes técnicas de óptica adaptativa. Da esquerda para a direita: sem óptica adaptativa, com sistema tradicional de óptica adaptativa, e com o novo sistema MCAO. O sistema tradicional não melhora significativamente a imagem, mas o efeito da MCAO é impressionante. Crédito: ESO.

O MAD e a CAMCAO observaram a primeira luz no VLT no dia 25 de Março, confirmando-se em condições de observação reais os valores de desempenho do sistema que já haviam sido verificados em ambiente laboratorial.

A utilização de técnicas de correcção das perturbações atmosféricas é fundamental para poder recuperar (pelo menos parte) da resolução teórica possível com telescópios de grandes dimensões. A Óptica Adaptativa faz essa correcção, contrabalançando a distorção da imagem provocada pela atmosfera através de deformações no espelho, controladas por computador. As correcções são em tempo real e são calculadas através da imagem de uma câmara especial.

Há 20 anos que se utilizam técnicas de óptica adaptativa. Mas até agora, só se conseguia corrigir o efeito em pequenas regiões do céu, tipicamente de 15 segundos de arco . A nova técnica MCAO vem ultrapassar essa limitação, pois utiliza como referência o sinal de várias estrelas, e não apenas uma, como sucede com as técnicas de óptica adaptativa tradicionais. Torna-se assim possível corrigir um campo de visão muito maior.

O MAD e a CAMCAO foram especialmente concebidos para testar a MCAO. A MCAO é considerada uma técnica chave para a instrumentação de 2ª geração do VLT, bem como do futuro ELT (Extremely Large Telescope).

Fonte: Portal do Astrónomo

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Notícias / Físico Stephen Hawking voa em gravidade zero
« em: Abril 30, 2007, 05:34:28 pm »
O físico britânico Stephen Hawking realizou nesta quinta-feira um vôo sobre o Oceano Atlântico, tendo a oportunidade de experimentar a sensação de gravidade zero.

Podem ler mais aqui: http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporte ... 2_dg.shtml

Há inclusivé imagens captadas em video nesse mm link. Basta clicarem em "veja", nas opções do canto superior direito do texto.
Cumps

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Discussão Geral / Telescópios: Grandes e portáteis
« em: Abril 26, 2007, 06:24:17 pm »

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Diversos / Free Mag 7 Star Charts
« em: Abril 24, 2007, 06:32:37 pm »
Tal como o nome indica, aqui têm um exclente recurso gratuito p imprimir cartas celestes, tanto a preto e branco, como a cores:

http://www.cloudynights.com/item.php?item_id=1052

Cumps

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Colimação / Sistema de colimação CATSEYE
« em: Abril 22, 2007, 02:34:23 am »
Boas.

Gostaria de partilhar convosco um projecto recentemente criado por um norte americano (Jim Fly) q consiste num sistema de colimação denominado Catseye.



Este sistema é composto por uma colecção de ferramentas de fácil manuseamento para conseguir uma colimação perfeitíssima, traduzindo na máxima definição possivel q se pode obter num telescópio reflector. Tenho seguido atentamente o seu desenvolvimento e neste momento encontra-se à venda apenas nos Estados Unidos.

Ora, todos sabemos q a colimação torna-se mais exigente qt mais rápida for a razão focal, principalmente p observação planetária. Estou a aguardar por um novo equipamento q tem um f/4,7 e gostava de tirar o máximo partido das suas ópticas na observação planetária. Nesse sentido não sei até q ponto uma colimação razoável com uma cheshire será o suficiente. Na verdade, este sistema é mt promissor e poderá ser um investimento no futuro.

Podem encontrar mais informações aqui: http://www.catseyecollimation.com

Já tinham conhecimento disto?
Cumps

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Lua / [Site] Videos das missões lunares Apollo
« em: Abril 18, 2007, 04:53:15 pm »
A não perder. Uma página completa de videos e sons das várias missões Apollo na Lua.



Visitem: http://www.hq.nasa.gov/office/pao/Histo ... videos.htm

Cumps

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Notícias / Primeiro sinal de água detectado num planeta extrasolar
« em: Abril 18, 2007, 04:20:22 pm »
De acordo com uma análise de dados recolhidos pelo Hubble, foi pela primeira vez detectada água na atmosfera de um mundo extrasolar. Alguns cientistas aplaudem o resultado - que já tinha sido teoricamente previsto mas não observado em estudos prévios, enquanto outros dizem que o aparente sinal de água pode simplesmente ser ruído instrumental.

O planeta, chamado HD 209458b, tem mais ou menos 70% da massa da Júpiter e é queimado pelo calor da sua estrela-mãe, pois orbita 9 vezes mais próximo que Mercúrio do Sol.

Devido a ser apenas um do pequeno número de planetas extrasolares observados directamente em frente ou por trás da sua estrela, a partir da Terra, os astrónomos foram capazes de recolher muita informação - como o seu tamanho e massa - acerca deste distante mundo.


Impressão de artista do gigante planeta gasoso orbitando a estrela tipo-Sol HD 209458, a 150 anos-luz da Terra. Os astrónomos usaram o Telescópio Hubble para observar este mundo e fazer a primeira detecção de uma atmosfera em torno do uma planeta extrasolar.
Crédito: NASA/G. Bacon


Em Fevereiro, cientistas usando um telescópio sensível ao infravermelho, o Telescópio Espacial Spitzer, anunciaram que não havia sinais de vapor de água na sua atmosfera. Dado que se espera que esta molécula seja abundante nas atmosferas dos planetas extrasolares, alguns especularam que o sinal de água foi obscurecido por uma neblina de poeira.

Agora, observações do Hubble revelaram a água que faltava. Travis Barman do Observatório Lowell em Flagstaff, Arizona, EUA, analisou informaticamente os dados previamente obtidos pelo Hubble quando o planeta eclipsava parcialmente a sua estrela-mãe.

A quantidade de luz bloqueada durante estes eclipses foi previamente usada para determinar com precisão o raio do planeta, que é cerca de 30% maior que o de Júpiter.


O trânsito de HD 209548b.

O Hubble observou a luz da estrela que tinha sido filtrada pelo limites exteriores da atmosfera do planeta. Devido à sua composição química específica, a atmosfera é mais transparente em certos comprimentos de onda que noutros.

Barman descobriu pistas para esta composição ao fazer diferentes modelos da atmosfera, cada com uma composição química diferente, e ao observar qual destes coincidia melhor com as observações. Ele diz que a relativamente pequena quantidade de luz filtrada a mais ou menos 0.9 microns sugere a presença de água, que absorve luz neste comprimento de onda. "Para mim, é uma clara indicação que água aí existe," disse Barman. "Penso que esta é a primeira vez que temos fortes evidências da presença de água em pelo menos um planeta extrasolar."

Mesmo com a presença de água, ele aponta que as altas temperaturas do planeta (média de 1000º Celsius) não são favoráveis à vida. "Não é um lugar que eu ou qualquer outra pessoa queira visitar," acrescenta.

Mark Swain, membro de uma das duas equipas do Spitzer que não encontraram quaisquer sinais de água e cientista no JPL da NASA, diz que o novo resultado poderá proporcionar mais informações acerca da atmosfera do planeta.

Para o Spitzer directamente detectar moléculas de água através do modo como absorvem luz, o interior do planeta tem que ser mais quente que a sua atmosfera superior. Se o planeta tiver uma temperatura relativamente uniforme, no entanto, isso - e não a obscuração por nuvens de poeira - poderá explicar a falta de água na detecção do Spitzer.

"É certamente um resultado interessante," disse. "Estes planetas têm sempre alguma coisa com que nos surpreender."

Drake Deming do Centro Aeroespacial Goddard da NASA em Greenbelt, Maryland, membro da outra equipa do Spitzer, está também impressionado com os resultados. "Ele certamente mostrou que encaixa melhor com a absorção de água do que sem," afirma. "Penso que até o indivíduo mais céptico o diria."

Mas David Charbonneau da Universidade de Harvard em Cambridge, Massachusetts, EUA, membro da equipa que originalmente obteve os dados do Hubble usados por Barman, diz que o efeito é pequeno o suficiente e que simplesmente poderá ser o resultado de ruído nos instrumentos do Hubble.

"Dado que não podemos excluir uma origem instrumental para estas variações, pode ser prematuro interpretá-las com uma origem molecular na atmosfera planetária," acrescenta.

Fonte: CCV Algarve

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Discussão Geral / Semana Nacional do Céu Escuro
« em: Abril 17, 2007, 07:16:45 pm »
Não, infelizmente não é conosco... :(
Esta excelente iniciativa passa-se nos states, precisamente entre hoje e o próximo dia 24, coincidindo propositadamente com a Lua Nova e este ano, curiosamente, com a chuva de estrelas Lirídias.

Mais info: http://www.ndsw.org/

Aproveito e lanço o repto:
Para qd uma iniciativa destas por cá? É certo q a nossa PL, a nivel geral, em nada se compara com a dos EUA. Mas seria curioso ver até q ponto seria a adesão da população portuguesa e tb ver os resultados e diferenças, principalmente junto das grandes cidades. Conforme o nivel de adesão, seria um excelente fomento p a organização de actividades no âmbito das observações astronómicas, de modo a aproveitar céus impossíveis noutras ociasiões.
Q têm a dizer sobre isto?
Cumps

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Efemérides / Lirídias - 22/04/07
« em: Abril 17, 2007, 06:56:57 pm »
É já no próximo Domingo o pico desta chuva de estrelas, activo entre os dias 16 e 25. O ponto radiante está situado entre as constelações de Lira e Hércules e este ano as condições são extremamente favoráveis à sua observação dada a proximidade da Lua Nova (dia 17). Estimam-se 10 a 20 rápidos e brilhantes meteoros por hora, fruto da cauda de poeira causada pelo cometa Thatcher (C/1861 G1).



Cumps

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Notícias / Novos resultados do AKARI, um topógrafo celeste
« em: Abril 16, 2007, 06:45:51 pm »
Lançada em 2006, a AKARI é uma missão da Agência de Exploração Aeroespacial Japonesa (JAXA) com participação da ESA. Esta missão de levantamento do céu, a mais recente, já proporcionou novas imagens fabulosas e forneceu dados acerca de estrelas em diferentes fases da sua evolução e sobre matéria interestelar que alberga buracos negros, tudo isto no infravermelho. Vislumbres de regiões com formação estelar intensa, panoramas de remanescentes de supernova nunca vistos em infravermelho, galáxias distantes e núcleos galácticos activos com buracos negros monstruosos rodeados de nuvens de gás são apenas alguns do resultados apresentados há 2 semanas no encontro anual da Sociedade Astronómica Nacional do Japão.

Este satélite apresenta uma clara vantagem em relação a outros: a sua visão no infravermelho permite o estudo da formação e evolução das estrelas, e mesmo da evolução das galáxias. A matéria ejectada para o espaço interestelar pelas estrelas velhas é aquecida pela radiação de estrelas jovens e pelas colisões com a matéria já presente no meio interestelar, e assim essa energia é reemitida em comprimentos de onda do infravermelho. Além disso, as estrelas jovens nascem em regiões muito densas, e consequentemente são ocultadas pelas nebulosas de gás e poeira que as envolvem, tornando as observações em comprimentos de onda do visível difícil, senão mesmo impossível. Contudo, a luz absorvida pelas nebulosas é posteriormente reemitida no infravermelho, possibilitando a detecção. O mesmo acontece com as galáxias, que se pensa estarem encobertas num véu nublado durante os seus anos de infância. Por isso, as observações no infravermelho são cruciais para o estudo destes objectos de outra forma obnubilados por nevoeiros cósmicos.


Do berço à cripta

O primeiro conjunto de dados da AKARI concentra-se na evolução da matéria interestelar nas galáxias, incluindo o ciclo de formação estelar, remanescentes de supernova – os resquícios de estrelas de massa elevada que acabaram a vida numa explosão catastrófica – e a perda de massa de estrelas gigantes vermelhas.

As estrelas nascem nas regiões mais densas das nuvens de gás e poeira, e dois dos processos que podem desencadear a formação de estrelas são: as ondas de choque das explosões das supernovas e a forte pressão da radiação emitida por estrelas de massa elevada. As estrelas que nascem nessas nuvens irão evoluir e algumas chegarão a supernovas ou, pelo menos, a gigantes vermelhas, fornecendo assim os ingredientes ao meio interestelar para uma nova geração de nascimentos estelares.


Em cima: imagem da região à volta do berçário de estrelas IC4954/4955 obtida pelo AKARI, resultando da composição de observações a 9 e 19 µm. O berçário é a região brilhante; as estrelas brancas são estrelas que emitem no infravermelho. Aqui vemos o ciclo da formação de estrelas em três gerações, em escalas espaciais de um a cem anos-luz, no infravermelho. Ao centro: esta imagem mostra o enxame globular NGC104 (também conhecido por 47 Tuc) no qual se descobriram evidências de perda de massa intensa por estrelas gigantes vermelhas jovens. Em baixo: esta imagem representa a primeira observação no infravermelho de um remanescente de supernova na Pequena Nuvem de Magalhães. Crédito: JAXA.

O AKARI utilizou duas das suas câmaras - a IRC, que observa no infravermelho próximo e médio, e o FIS, um "topógrafo" do infravermelho longinquo - para observar o ciclo contínuo de formação estelar ao longo de três gerações de estrelas (ver na imagem) – desde as estrelas “avós” até às “filhas das suas filhas” na nebulosa IC4954/4955, situada a cerca de 6500 anos-luz da Terra na constelação da Raposa.

O instrumento IRC também detectou pela primeira vez no infravermelho um remanescente de supernova (conhecido por Bo404 – 72.3) na Pequena Nuvem de Magalhães, uma pequena galáxia satélite da nossa Via Láctea. Estes dados forneceram vislumbres vitais da interacção, ainda pouco conhecida, entre o gás em expansão da supernova e o meio interestelar envolvente, e sobre o seu possível papel na formação de novas estrelas.

Também foram observadas estrelas nas fases finais da sua vida no enxame globular NGC 104 através do instrumento IRC. Pensa-se que as estrelas que habitam neste enxame, a 15 000 anos-luz de nós, formaram-se ao mesmo tempo que a própria galáxia. O nosso Sol será parecido com elas daqui a 6 mil milhões de anos. Elas já esgotaram as suas reservas de combustível (hidrogénio no seu núcleo) e transformaram-se em estrelas gigantes vermelhas. vermelhas. Através das suas observações, o AKARI deu as primeiras provas que as estrelas gigantes vermelhas jovens perdem massa a um ritmo acelerado, um fenómeno até hoje observado apenas nas estrelas gigantes vermelhas mais velhas.


Dos candidatos a buracos negros até às galáxias recém-nascidas

Graças ao seu poder de alta resolução, o AKARI também estudou a matéria que envolve um buraco negro numa galáxia distante e observou a evolução de galáxias recém-nascidas.

A região central da galáxia ultra luminosa no infravermelho “UGC 05101”, situada na constelação da Ursa Maior, a cerca de 550 milhões de anos-luz da Terra, era até hoje um completo mistério. Coberta por uma espessa nebulosa de matéria interestelar, a região do núcleo foi até hoje impenetrável.

Graças à sensibilidade do AKARI, os astrónomos conseguiram recolher dados sem precedência acerca da nebulosa de gás molecular que envolve a região, que, descobriu-se, está a 500ºC.

Estes dados reforçam a ideia que um buraco negro gigante se esconde no núcleo da galáxia, e com a sua força destrutiva aquece a matéria antes de a engolir para nunca mais emergir, matéria essa que emite radiação que aquece o gás envolvente à temperatura ideal para ser observada pelo AKARI. Assim é possível perceber a estrutura das galáxias com núcleos activos e buracos negros.

Por fim, os dados do AKARI forneceram uma visão sem precedentes da formação de galáxias ao longo da história do Universo. Ao observar num comprimento de onda de 15 micrómetros, os astrónomos podem observar a luz infravermelha que foi emitida há cerca de 6 mil milhões de anos por galáxias jovens a sofrer formação estelar intensa.

Continuando a partir das observações iniciadas pelo Observatório Espacial de Infravermelhos (ISO), da ESA, o AKARI detectou 280 galáxias deste tipo, realizando o levantamento panorâmico mais profundo de sempre neste comprimento de onda, confirmando a intensa formação de estrelas e galáxias nesse período primitivo da nossa história cósmica.

O AKARI está a realizar estudos parecidos em vários comprimentos de onda – um estudo que irá fornecer uma descrição definitiva da evolução galáctica em toda a história do Universo.

Fonte: Portal do Astrónomo

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Notícias / Detectado sinal de água em planeta extra-solar
« em: Abril 11, 2007, 07:46:20 pm »
Um astrónomo americano anunciou nesta terça-feira que detectou vestígios de água na atmosfera de um planeta fora do Sistema Solar pela primeira vez. A descoberta, que será publicada no Astrophysical Journal, confirma antigas teorias que dizem que o vapor d'água deve estar presente na atmosfera de quase todos os planetas extra-solares já conhecidos.

O planeta em questão é o HD209458b, a cerca de 150 anos-luz da Terra. Usando observações já feitas pelo telescópio Hubble e novas teorias, Barman encontrou forte evidência de absorção de água na atmosfera do planeta. Para chegar a essa conclusão, o astrónomo aproveitou o facto de que o HD209458b dá uma volta completa em torno da sua estrela a cada 3,5 dias terrestres e, quando passa na frente dela, pode ser visto da Terra.


Concepção artística da Nasa mostra o pequeno planeta e a sua estrela ao fundo

A análise da variação do brilho da estrela antes e depois do planeta passar por ela permite que sejam encontrados vestígios de certos compostos presentes na atmosfera do planeta. Nesse caso, a análise feita por Barman encontrou sinais de água.

"Sabemos que o vapor d'água existe na atmosfera de um planeta extra-solar e há boas razões para acreditar que outros planetas extra-solares contêm vapor d'água também", disse Travis Barman, astrónomo do Observatório Lowell, no Arizona, numa entrevista ao site Space.com.

Fonte: Terra Noticias

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Notícias / Atmosfera de Vénus é mais caótica do que se pensava
« em: Abril 11, 2007, 07:38:25 pm »
Novas imagens de um satélite em órbita de Vénus revelaram que a atmosfera do planeta é muito mais dinâmica do que previamente se pensava e que essas condições podem mudar numa questão de horas.

A atmosfera caótica de Vénus há muito que confunde os cientistas. As velocidades dos ventos são tão altas que as nuvens podem dar uma volta inteira ao planeta em apenas quatro dias terrestres, no que os cientistas chamam de "super-rotação". No entanto, Vénus, um mundo rochoso, demora 243 dias terrestres a completar uma volta em torno do seu eixo.


Impressão de artista da sonda Venus Express.
Crédito: ESA


Nos pólos, toda essa actividade despoleta vórtices enormes, escuros e turbulentos.

A sonda da ESA, Venus Express - lançada em Novembro de 2005 - transporta instrumentos adequados à atmosfera venusiana, capazes de estudar as nuvens densas e responder a algumas das mais antigas questões sobre este instável vizinho.

"Os instrumentos a bordo são baseados num desenho consolidado, originalmente utilizados noutras missões como a Rosetta ou a Mars Express, mas foram adaptados ao ambiente quente de Vénus," disse o cientista da ESA Giuseppe Piccioni.

A Venus Express, a primeira missão dedicada ao estudo da tempestuosa atmosfera do nosso irmão planetário desde a sonda Magalhães há mais de 15 anos atrás, alcançou Vénus em Abril de 2006. A sonda - para qual a sua missão principal está planeada durar 486 dias terrestres depois da injecção orbital - é capaz de estudar a atmosfera, tanto no lado diurno como nocturno de Vénus. Tal como a Terra, Vénus está constantemente mudando a sua face virada para o Sol, apenas mais lentamente. Dado que demora tanto tempo para Vénus completar uma rotação sobre o seu eixo, o lado diurno tem muito tempo para aquecer enquanto o nocturno permanece numa fria escuridão.


Imagens de perto do pólo Sul de Vénus no lado nocturno, tiradas pelo instrumento VIRTIS a bordo da sonda Venus Express da ESA, que revelam variados sistemas de nuvens carregadas de turbulência. As áreas brancas representam concentrações mais intensas de nuvens.
Crédito: ESA/VIRTIS/INAF-IASF/Obs. de Paris-LESIA


O Sol aquece a espessa atmosfera venusiana no lado de dia e cria células convectivas onde massas de ar quente sobem e criam perturbações locais e ventos regionais.

Observações a partir da sonda mostram que no equador, as nuvens são irregulares e muitas vezes com a forma de bolhas. A latitudes médias são mais regulares e compridas, correndo quase paralelamente à direcção da super-rotação da atmosfera com velocidades excedendo os 400 quilómetros por hora. Mais perto dos pólos, as nuvens assumem formas de vórtice.

Curiosamente, as nuvens no lado nocturno são semelhantes, embora não haja luz solar para criar os efeitos. Outros mecanismos devem estar em funcionamento, tal como as marés térmicas (uma variação na pressão atmosférica devida ao aquecimento diário da atmosfera pelo Sol) e ondas gravitacionais (criadas na atmosfera pela gravidade). Características na superfície, que não podem ser directamente observadas devido à espessa atmosfera, provavelmente também afectam os padrões dos ventos em torno do globo venusiano.

"Existem questões marcantes ainda não respondidas acerca de Vénus que temos a oportunidade de desvendar, com um pouco de sorte," disse Piccioni.

É possível por exemplo, que a actividade vulcânica na superfície do planeta possa também estar a afectar a atmosfera.

"Sabemos que no passado tem havido uma intensa actividade vulcânica, mas não é certo quando isto parou, se alguma vez," disse. "Nós também sabemos que há cerca de 800 milhões de anos houve uma completa transformação da superfície do planeta, possivelmente catastrófica, mas qual terá sido a causa? E no que respeita à dinâmica atmosférica global e ao balanço energético do planeta?"

As respostas a estas questões irão ajudar os cientistas a compreender porque Vénus, um planeta que se pensa ter sido muito parecido com a Terra há muito tempo atrás, é tão diferente hoje em dia. A densa atmosfera de ácido sulfúrico é cerca de 95 vezes maior que a da Terra e esmagaria uma pessoa.

Os resultados dos dados recebidos pela Venus Express também "poderão ajudar-nos a compreender a evolução da Terra no passado e possivelmente no futuro," disse Piccioni.

Fonte: CCV Algarve

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Discussão Geral / Video - Universos paralelos
« em: Abril 09, 2007, 05:31:29 pm »
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BBC Horizon - Parallel Universes" é um documentário que trata da mais nova teoria da física, que uniu a teoria das super cordas com a  ... all » teoria da super gravidade, a chamada "Teoria M", que tenta explicar o que veio ANTES do Big Bang. Os físicos chegaram a conclusão que, para o universo ser sustentável matematicamente, ele precisa necessariamente ter 11 dimensões. E que na verdade o big-bang não foi a explosão de uma singularidade, mas sim o choque entre duas dimensões. Conclui que nosso universo é na verdade um Multiverso, com infinitos universos.


http://video.google.com/videoplay?docid=4183875433858020781

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Um novo sistema de alarme instalado no Observatório do Paranal (ESO), no Chile, permite observar as fulgurações raios gama com um dos telescópios do VLT (ESO) mal estas sejam detectadas pelo telescópio espacial SWIFT (NASA/ASI/PPARC).

No ano passado, em menos de 10 minutos após a detecção pelo Swift, o telescópio de 8,2 m Kueyen, um dos telescópios do VLT (ESO) no Observatório do Paranal, obteve uma série de espectros (com tempos de integração de 3, 5, 10, 20, 40 e 80 minutos) do pós-resplendor de uma fulguração de raios gama que ocorreu numa galáxia distante a 9,3 mil milhões de anos-luz. Este é um recorde na observação do pós-resplendor de uma fulguração, com a vantagem das observações terem sido realizadas por um dos grandes telescópios do mundo, equipado com um espectrógrafo de alta resolução.


Mensagem de alarme que aparece na consola do computador que controla o telescópio Kueyen quando o modo de resposta rápida do VLT é accionado. Os astrónomos que estiverem a observar só terão de alinhar a ranhura do espectrógrafo para que as observações comecem. Todo o procedimento é efectuado em poucos minutos. Crédito: ESO.

Uma vez accionado o alarme, o investigador principal do projecto, P. Vreeswijk (ESO), só teve de telefonar para os astrónomos de serviço no Observatório do Paranal para ver se estava tudo a correr bem. Uma vez no modo de resposta rápida do VLT, as observações são feitas automaticamente, sem intervenção humana (com a excepção do alinhamento da ranhura do espectrógrafo).

As fulgurações de raios gama são das explosões mais intensas do Universo e ocorrem aleatoriamente em galáxias distantes. Mas são fenómenos curtos. Depois da fulguração, durante a qual emitem radiação gama de alta energia, entram no período do pós-resplendor, durante o qual emitem radiação menos energética, ou seja, em comprimentos de onda mais longos. A comunidade científica concorda que as fulgurações de raios gama estão associadas à formação de buracos negros, consequência da explosão de uma estrela de massa elevada, mas a natureza exacta das fulgurações ainda é enigmática. O estudo do pós-resplendor oferece muita informação sobre o meio interestelar onde nasce um buraco negro.

Como as fulgurações de raios gama ocorrem normalmente a grandes distâncias, o pós-resplendor é muito fraco, e ainda por cima, decai rapidamente: umas horas depois da fulguração, o brilho do pós-resplendor em comprimentos de onda visivel pode ter diminuído por um factor de 500. Quanto mais cedo se conseguir observar o pós-resplendor das fulgurações de raios gama, mais informação se obtém, principalmente se se conseguir estudar fenómenos que dependem do tempo e se relacionam com a influência que a explosão da estrela tem no meio que a rodeia.

As rápidas observações do pós-resplendor com o VLT permitiram descobrir características espectrais variáveis com o tempo que se podem associar à nuvem de gás da galáxia onde a fulguração ocorreu. Os astrónomos determinaram que a nuvem é neutra mas é excitada pela radiação ultravioleta do pós-resplendor, e conseguiram identificar o mecanismo físico responsável pela excitação dos átomos. Também conseguiram medir a distância da nuvem à fulguração de raios gama: 5 500 anos-luz, uma distância bastante superior do que se pensava.


Fonte: Portal do Astrónomo

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Notícias / Antíope, um asteróide duplo
« em: Abril 02, 2007, 02:10:25 pm »
O asteróide Antíope foi descoberto em 1866 por Robert Luther, um astrónomo alemão. Em 2000, W. Merline e os seus colaboradores determinaram que o asteróide era composto por duas componentes de tamanhos semelhantes, o que faz de Antíope um asteróide duplo.

Em Janeiro de 2003, uma equipa de investigadores, liderada por P. Descamps (Observatório de Paris), deu início a uma campanha de observação do asteróide utilizando diversos telescópios, entre eles o VLT (ESO), no Chile, e o Telescópio Keck (Caltech/Nasa), no Havai.

Dois anos e meio de observações permitiram determinar com grande precisão o percurso das duas componentes do sistema. Estas estão separadas por 171 km e completam uma volta em torno uma da outra em 16,5 horas. Conhecendo a órbita, os astrónomos derivaram a massa total do sistema: 828 biliões de toneladas. Também verificaram que os dois objectos rodam à volta do seu próprio eixo com a mesma velocidade com que orbitam um em torno do outro.


Observações de Antíope com o VLT (ESO), durante 2004. Crédito: ESO.

As componentes individuais de Antíope são suficientemente pequenas para que nem os grandes telescópios as consigam resolver. Mas os astrónomos, conhecendo bem a órbita das componentes, conseguiram prever eclipses e ocultações, o que permitiu estudar indirectamente as suas formas individuais. Para este estudo, a equipa convidou astrónomos amadores e profissionais de todo o mundo a participar em campanhas de observação para medir a diminuição de brilho cada vez que um dos fenómenos ocorria.

Os novos dados permitiram determinar que os dois corpos que constituem Antíope têm a forma de elipsóides, ou seja, esferas ligeiramente deformadas, com dimensões semelhantes: 93,0 x 87,0 x 83,6 km e 89,4 x 82,8 x 79,6 km.

Este resultado coincide com o previsto pelo cientista francês Edouard Roche, em 1849, ao estudar objectos fluidos que se orbitam mutuamente. Claro que os asteróides não são líquidos, pois são sólidos, mas sua estrutura interna deve ser tão solta que os seus corpos podem moldar-se devido à influência gravitacional do companheiro.

Os investigadores determinaram a densidade das componentes de Antíope e verificaram que esta é apenas 25% superior à da água, o que significa que os asteróides são muito porosos, tendo cerca de 30% de espaço vazio. Esta estrutura explica porque é fácil estes asteróides chegarem a uma forma de equilíbrio.

Este estudo encontra-se publicado na revista científica Icarus.

Fonte: Portal do Astrónomo

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