Mostrar Mensagens

Esta secção permite-lhe ver todas as mensagens colocadas por este membro. De realçar que apenas pode ver as mensagens colocadas em zonas em que você tem acesso.


Tópicos - PauloSantos

Páginas: [1] 2 3 ... 26
1
Notícias / Análise de uma estrela parasita estranha
« em: Setembro 15, 2007, 12:51:18 pm »
Os astrónomos detectaram uma estrela morta em rotação que se está a alimentar da sua companheira, reduzindo-a a um objecto menor que alguns planetas.

"Este objecto é pouco mais que um esqueleto de uma estrela," disse Craig Markwardt do Goddard Space Flight Center da NASA em Maryland. "O pulsar já comeu o invólucro exterior da estrela e aquilo que resta é o núcleo rico em hélio."

"Os pulsares são os núcleos de estrelas de neutrões que giram a centenas de rotações por segundo, muito mais rapidamente que uma trituradora."

O sistema, conhecido como SWIFT J1756.9-2508, foi descoberto no início de Junho quando os satélites Swift e Rossi X-ray Timing Explorer (RXTE) detectaram uma erupção de raios-X e raios gama na direcção do centro da Via Láctea na constelação de Sagitário.

A pequena companheira orbita a sua companheira parasita a uma distância de cerca de 400.000 km, o que é aproximadamente a distância da Terra à Lua, embora esta determinação tenha alguma incerteza. De acordo com as leis de Kepler, a sua massa estimada é de apenas cerca de 7 vezes a massa de Júpiter, mas poderá ser um pouco maior. Ao contrário de três objectos planetários encontrados em torno de um pulsar em 1992, os cientistas não consideram que o novo objecto possa ser um planeta devido ao modo como se formou.


Impressão de Artista da SWIFT J1756.9-2508.
Crédito: Aurore Simonnet/Sonoma State University.


"Trata-se essencialmente de uma anã branca que foi "emagrecida" até uma massa planetária", disse Christopher Deloye da Northwestern University, um dos membros da equipa.

Os cientista crêem que há vários milhares de milhões de anos o sistema seria constituído por uma estrela muito massiva e outra mais pequena de cerca de 1 a 3 massas solares. A estrela maior evoluiu rapidamente e explodiu como uma supernova produzindo um resto estelar conhecido como estrela de neutrões. Entretanto, a estrela mais pequena começou a evoluir também, tornando-se uma gigante vermelha cujo invólucro mais exterior envolveu a estrela de neutrões.

Isto fez com que as duas estrelas se aproximassem uma da outra ejectando simultaneamente o invólucro da gigante vermelha para o espaço.

Após milhares de milhões de anos, pouco resta da estrela companheira e não é claro se esta sobreviverá. Hoje os dois objectos estão muito próximos um do outro e a estrela de neutrões aspira gás da sua companheira formando um disco de acreção em torno de si. O disco ocasionalmente liberta grandes quantidades de gás para a estrela de neutrões produzindo erupções de energia como a detectada em Junho.

Este sistema foi estudado detalhadamente em dois trabalhos que serão publicados em breve na Astrophysical Journal Letters.

O sistema é apenas o oitavo pulsar com um período de milissegundo que se sabe acretar massa de um pequeno companheiro. Destes, apenas o pulsar XTE J1807-294 tem uma massa mínima de dimensões semelhantes às do SWIFT J1756.9-2508.

Fonte: Centro Ciência Viva Algarve

2
Notícias / Dawn a um passo de viagem até cintura de asteróides
« em: Setembro 13, 2007, 12:43:32 pm »
A sonda Dawn completou a viagem de 25 km do Centro de Operações Espaciais Astrotech em Titusville, Flórida, para a pista 17B de Cabo Canaveral. O período de lançamento da Dawn, a odisseia de oito-anos e mais de 5 mil milhões de quilómetros até ao coração da cintura de asteróides da NASA, abre a 26 de Setembro.

"Daqui, o único caminho é para cima," disse Keyur Patel, líder do projecto Dawn no JPL da NASA em Pasadena, Califórnia. "Estamos ansiosos em separar a Dawn da Terra e assim fazer alguma história."


Ilustração de artista da Dawn com Vesta (esquerda) e Ceres (direita) (a proximidade com Vesta é uma licença artística).
Crédito: NASA/JPL


O objectivo da Dawn é caracterizar as condições e processos de uma das épocas iniciais do Sistema Solar que tem 4.5 mil milhões de anos, ao investigar em detalhe o gigantesco asteróide Vesta e o planeta-anão Ceres. Estes residem entre Marte e Júpiter, na famosa cintura de asteróides. Os cientistas teorizam que estes seriam possíveis planetas que nunca tiveram a oportunidade de crescer. No entanto, cada um destes seguiu um percurso evolucionário bastante diferente durante os primeiros milhões de anos do Sistema Solar. Ao investigar dois objectos díspares durante a viagem de oito anos da sonda, a missão Dawn espera melhor compreender os mistérios da formação planetária. A Dawn será a primeira sonda a orbitar um objecto da cintura de asteróides e a primeira a orbitar dois corpos depois de deixar a Terra. Imagens recentes tiradas pelo Telescópio Hubble levantam mais intrigantes questões sobre a evolução destes dois asteróides.

Agora que a carga Dawn está no topo do foguetão Delta II 7925-H, m modelo mais pesado do padrão Delta II que usa propulsores maiores, um teste final foi levado a cabo. Este teste integrado do Delta II e da Dawn trabalhando em conjunto simulou todos os eventos que ocorrerão no dia do lançamento, mas sem o combustível a bordo do veículo.

A sonda será posta numa trajectória em que encontrará Marte e onde usará a gravidade do Planeta Vermelho para fazer a manobra de impulso gravitacional, o que a porá em Vesta em 2011 e em Ceres em 2015. A sonda orbitará a cada vez menores altitudes por cima dos dois astros durante visitas que poderão durar vários meses com o objectivo de determinar a composição, estrutura interna e história evolucionária dos corpos. "A Dawn é também uma viagem no tempo," diz Chris Russell, cientista da missão. "Ceres e Vesta foram alterados muito menos que outros corpos. A Terra muda a toda a hora, e por isso esconde a sua história, mas acreditamos que Ceres e Vesta, formados há mais de 4.5 mil milhões de anos, preservaram os seus registos mais antigos.

Acredita-se que Vesta seja rocha sólida. O objecto de forma oval tem um diâmetro médio de 515 km, mas Ceres poderá albergar água ou gelo por baixa da sua crosta rochosa. O "planeta bebé" tem um diâmetro médio de 960 km.

A janela de lançamento começa a 26 de Setembro e acaba a 15 de Outubro.

Fonte: Centro de Ciência Viva do Algarve

3
Olá.

Resolvi criar um tópico q reúna uma vasta informação útil para quem está a dar os primeiros passos na astronomia ou, numa fase mais avançada, esteja à procura do seu primeiro equipamento.



Antes de mais será importante referir que a compra de qualquer equipamento ligado à astronomia é uma questão muito pessoal. Seja um telescópio, um par de binóculos ou simples acessórios de observação. Todos temos gostos diferentes e esta actividade não foge à regra. A escolha é certamente difícil, não só pela variedade da oferta como também pelo encargo financeiro geralmente associado. Mais vale investir um pouco mais num equipamento digno da sua paixão do que optar por situações mais económicas que na verdade não são mais do que brinquedos mal concebidos, de material frágil e ópticas medíocres. Se o seu orçamento não é o suficiente hoje, é preferível que espere por amanhã.



Enquanto aumenta as suas economias pode sempre ir praticando os seus conhecimentos à vista desarmada, identificando as constelações, as estrelas mais importantes, etc.

Mas antes de tomar qualquer decisão, há perguntas que têm que ser feitas e é importante que avalie a sua posição nesse contexto:
    Qual é o nível do meu conhecimento do céu nocturno? Sei identificar sem qualquer ajuda várias constelações e inclusive o nome das principais estrelas de cada constelação?

    Qual é o local onde será feita a maioria das minhas observações? Terei que me deslocar de carro? Se for em casa terei que transportar o equipamento umas boas dezenas de metros sozinho? Terei a sorte de ter um local fixo onde o telescópio poderá ficar permanentemente? E qual é a qualidade dos céus nesse local?
    Qual é o meu objectivo? O que pretendo fazer? Apenas observar ou irei apostar também na astrofotografia?
    Quantos objectos pretendo ver? Apenas planetas e Lua ou o céu profundo também passa pelos meus objectivos?
    Gosto de sistemas complicados e automatizados que no final compensam todo esforço e o tempo perdido na sua preparação? Ou prefiro sistemas mais manuais mas simples e práticos que me obrigam a conhecer melhor o céu e que por essa razão não deixam de ser compensadores?

Os passos geralmente aconselhados a tomar até à decisão mais importante são, por ordem: observar a olho nú até se sentir familiarizado com o céu, adquirir um par de binóculos para “varrer” os céus e identificar vários outros objectos imperceptíveis a olho nu e, por fim, a compra do telescópio. É mais sensato seguir esta ordem, acredite.

Já pensou na frustração que seria querer observar Júpiter e não saber para onde apontar o telescópio?



Infelizmente é uma realidade muito comum nos nossos dias. E Júpiter é fácil de localizar porque é perfeitamente detectável à vista desarmada. Mas a grande maioria dos objectos celestes exigem um conhecimento muito mais profundo do firmamento. Neste caso, o destino mais provável de toda a motivação inicial termina com o telescópio arrumado num canto a apanhar pó. Mas se sente que já está perfeitamente preparado para investir num telescópio, ou confia nas suas capacidades e prefere assim avançar para o último dos 3 passos, há então que conhecer o que o mercado nos oferece.

Existe uma vasta gama de telescópios, diferentes quanto à marca, ao tipo de óptica utilizada, à montagem, ao peso, ao tamanho e evidentemente, quato ao preço ?

Aconselho a ler este artigo que ilustra de uma forma simples e acessível estas diferenças:

http://www.ccvalg.pt/astronomia/publicacoes/comprando_telescopio.htm

Já escolheu? Óptimo. Mas antes de tomar uma decisão final, não deixe de pedir uma opinião/sugestão criando um tópico nesta secção.

Sugiro ainda uma leitura atenta nos artigos disponibilizados nesta página:

http://www.apaa.online.pt/arquivo.htm

Alguns textos desenvolvem mais aprofundadamente o que foi dito aqui mas nunca é por demais obter informação útil q o ajude numa decisão sempre difícil. Faça uma pesquisa pelo fórum. Há muitas perguntas que já foram respondidas e certamente o irão ajudar muito mais depressa do que perguntar novamente e esperar pela resposta.

Não se cinja somente à capacidade de aumento (magnificação) dos telescópios. É um erro muito comum. Na verdade, os aumentos normalmente utilizados e que melhores prestações oferecem, não ultrapassam as 200x. Infelizmente as condições atmosféricas raramente permitem valores superiores que só irão degradar ainda mais a qualidade das imagens. Desconfie sempre dos equipamentos que realçam o seu poder de amplificação nas próprias embalagens. Prometem  mundos e fundos que na verdade são impossíveis de atingir.

Não seja precipitado. Se gosta realmente de Astronomia, seja paciente e tome decisões seguras. Os astros esperam por si, garanto-lhe ;-)

Cumps

4
Notícias / Revista a duração do dia em Saturno
« em: Setembro 11, 2007, 11:42:57 am »
O dia em Saturno tornou-se uns minutos mais curto, se os novos cálculos estiverem correctos.

Usando dados recolhidos pelas sondas Cassini, Pioneer e Voyager, da NASA, os cientistas reviram o período de rotação de Saturno e obtiveram uma duração de 10 horas, 32 minutos e 35 segundos, o que é cerca de 15 minutos menor que uma estimativa que havia sido feita no ano passado.

Estes minutos podem ter grandes implicações na maior parte da Física associada ao gigante gasoso.

"Embora possa parecer uma pequena incerteza para uma pessoa normal, faz uma enorme diferença no que se refere ao que entendemos sobre o interior de Saturno.," disse Gerald Schubert da Universidade da California, em Los Angeles.

Se a nova velocidade de rotação estiver correcta, então os ventos de Saturno sopram a velocidades inferiores às que anteriormente eram aceites e em vez de apenas soprarem numa única direcção poderão soprar para Este e para Oeste do planeta. A descoberta poderá também trazer luz para a formação de planetas gigantes gasosos em geral.

Schubert e o seu colega John Anderson da Global Aerospace em Pasadena, na Califórnia, calcularam a rotação mais rápida para Saturno usado uma combinação das medidas da gravidade, do vento e da reflexão das ondas rádio que foram recolhidas pelas três sondas na sua passagem pelo planeta.

A velocidade de rotação para planetas sólidos como a Terra pode ser calculada simplesmente pela observação da velocidade com que um ponto da superfície se desloca. Isto não pode ser feito para planetas gasosos como Júpiter e Saturno, porque o seu núcleo sólido está escondido sob espessas nuvens atmosféricas.


Saturno visto pela Voyager. Crédito: NASA/JPL.

Por este motivo, os cientistas tinham medido os períodos de rotação dos campos magnéticos que se assumia estarem fortemente associados à rotação do núcleo sólido. De acordo com este trabalho, o eixo de rotação do campo magnético de um gigante gasoso e o eixo de rotação em torno do qual o seu núcleo roda deverão ser diferentes.

Nos anos 80 os cientistas tinham estimado o período de rotação de Saturno usando emissões rádio recolhidas pela sonda Voyager e tinham estimado um período de cerca de 10 horas, 39 minutos e 22 segundos.

Esta estimativa foi revista em 2004, usando os dados recolhidos pela sonda Cassini para 10 horas, 45 minutos e 45 segundos. No ano passado tinha sido alterado para 10 horas, 47 minutos e 6 segundos.

Schubert admite que a estimativa de Anderson possa ainda vir a sofrer alterações. "Não podemos garantir que seja esta a velocidade de rotação," disse Schubert. "Na actualidade não existe nenhum método directo para medir a velocidade de rotação de Saturno."

No entanto, a confirmar-se o período de rotação agora estabelecido, isso terá consequências imediatas na compreensão dos movimentos dos ventos de Saturno e terá também implicações no tipo de formação planetária associado a este tipo de planeta.

Esta descoberta está descrita detalhadamente na edição de 7 de Setembro da revista Science.

Fonte: Centro de Ciência Viva do Algarve

5
Genéricas / Relato da observação na Serra da Freita em 08/09/07
« em: Setembro 10, 2007, 04:26:43 am »
Depois de cerca de 3 semanas para preparar um encontro, eis q chegou o momento de carregar a mala do carro e fazermo-nos à estrada.

As previsões não eram as mais favoráveis. Cá pelo norte algumas nuvens aliadas a uma intensa neblina previam o pior cenário. No entanto fomos na esperança de conseguir alguns bons momentos por entre os intervalos das nuvens altas q esperávamos encontrar na Serra da Freita.

O Paulo Aguiar foi o primeiro a chegar ao local, já com a intenção de vaguear pela serra para avaliar os pontos previamente seleccionados e tb ele procurar por alternativas q lhe parecessem mais favoráveis. Eram perto das 16h qd entramos em contacto e me referiu q o céu estava essencialmente limpo, apenas com algumas nuvens altas e uma neblina no horizonte q em nada comprometia as observações. Um bom prenúncio, sem dúvida :D

Por volta das 17h30, já com a mala carregada e depois de passar por casa do meu primo Emanuel, fiz-me finalmente à estrada a caminho da serra. Cheguei ao restaurante 45 minutos depois, com tempo suficiente para tb eu dar mais uma vista de olhos por zonas q ainda não tinha explorado. Tentei contactar o Paulo Aguiar para saber por onde andava mas as dificuldades de comunicação q previa eram reais. Resolvi avançar p a costa este da serra e uns km depois não foi difícil chegar à conclusão q o melhor local era sem dúvida o ponto 1, na costa sul.

Este:



De regresso ao restaurante, já perto das 19h, encontrei o Rogério e a namorada Marta. Éramos já 4, o grupo começava a formar-se. As dificuldades de comunicação mantinham-se pelo q resolvemos literalmente ir à procura de rede uma vez q estava pessoal na estrada q não sabia o caminho p a serra. Consegui finalmente contactar com o Paulo Aguiar. Tinha tido um problema com o carro pelo q ia chegar atrasado. Entretanto o Bernardo (dUbeni) estava quase a chegar ao restaurante onde o Cláudio já estava à nossa espera. Pouco tempo depois chegou o Miguel Lopes e a esposa Sónia. Com a ajuda do GPS não tiveram qq dificuldade em chegar :)
Trouxeram uma boa notícia: O João Cruz (xumaxer) vinha a caminho com o seu C11 :D
Com o problema do carro resolvido, o Paulo lá chegou tb a tempo de uma boa refeição. O Bruno chegou a tempo ainda de um café e dois dedos de conversa.

Eis o registo fotográfico do jantar:


Da esquerda para a direita: Eu e o Rogério


O Bruno e o Miguel Lopes


Marta, namorada do Rogério e Sónia, a esposa do Miguel Lopes


O meu primo Emanuel, com o Bernardo (dUbeni) e o Cláudio


O Paulo Aguiar

Pouco antes das 21h, de barriga cheia, resolvemos partir p o q realmente interessava. A noite já se fazia notar pelo q nos aguardava a difícil tarefa de montar e alinhar os equipamentos à luz das lanternas vermelhas. De comum acordo, partimos todos em direcção ao ponto 1 numa caravana de 7 carros, onde chegamos cerca de 10 minutos depois.

O primeiro impacto foi mt bom: se bem q ainda não tínhamos uma visão totalmente adaptada p a noite, o céu aparentava ser bastante escuro com a Via Láctea bem visível,  um campo de visão fantástico e, mt importante, espaço p todos :-D
No entanto, qd saímos dos carros deparamo-nos com bastante vento vindo de norte e frio, mt frio. Como qq bom astrónomo, toda a gente vinha preparada p o efeito. Os casacos foram portanto o primeiro “equipamento” a ser usado 8)  
Conseguiu-se estimar um céu com magnitude superior a 6, um seeing de 5 em 10 e o ar estava muito seco, completamente sem humidade. Alguma neblina a poente limitava um pouco a observação dos objectos abaixo de 30º. De resto, as nuvens altas eram escassas e não comprometeram as observações.

Colocados os carros estrategicamente lado a lado, de frente p o sentido do vento e com a mala aberta, conseguimos uma protecção eficiente e um excelente abrigo p montar os telescópios. Chegava a hora da sempre difícil mas compensadora tarefa de montar os equipamentos, fazer os alinhamentos, etc. Com a vantagem de possuir um dobsoniano, fui o primeiro a estar pronto p as tão desejadas observações 8)  
Curiosamente não foi sequer necessário fazer qq colimação. As lentes estavam com um alinhamento quase perfeito. Q alívio, pensei eu. Sem um colimador laser, a tarefa não ia ser fácil pelo q resolvi nem tentar melhorar. Entretanto o tlm toca: era o João Cruz (xumaxer). Já estava perto mas precisava das coordenadas certas p vir ao nosso encontro. Mais um GPS em serviço ;)

Lembro-me de ter olhado p o relógio e serem 21h30 qd a grande maioria dos telescópios já estava em devido funcionamento.


Cláudio com o seu ETX70.

Infelizmente o Cláudio não conseguiu alinhar correctamente a montagem do seu equipamento pelo q se limitou a observar sem o auxílio do Goto. Teve a oportunidade de ver alguns objectos impossíveis nos céus da zona onde vive (arredores de Guimarães) com este “little guy”. Mais uma prova q a qualidade do céu conta muito. Sempre q podia, fazia uma ronda pelos outros equipamentos.


Bernardo e o seu Newton Vixen de 114mm.

Mais uma prova q os céus escuros marcam toda a diferença. O telescópio do amigo Bernardo (dUbeni aqui p os amigos do fórum) debitou uma excelente imagem de M17, a Nebulosa do Cisne, apesar de este objecto na altura se encontrar relativamente baixo e no meio de alguma neblina.


Paulo Aguiar com o seu Mak Skywatcher de 127mm.

No meio da caça aos objectos, sempre q queríamos observar Júpiter só tínhamos q nos deslocar até este telescópio. O Paulo montou, alinhou e apontou p o grande planeta e deixou o tracking a funcionar enquanto fazia a ronda pelos outros equipamentos. Impressionante a credibilidade deste sistema. Talvez uma hora se passou no intervalo das duas ocasiões q observei pelo seu Mak e o planeta continuou bem no centro da ocular sem ser preciso nenhuma correcção. Mt bom. Só foi pena ter-se sentido alguma turbulência atmosférica na altura em q Júpiter estava num ponto mais favorável, o q impediu grandes aumentos.


O Rogério de volta da montagem da sua mais recente aquisição, o C8, com o auxílio da Marta.

O rogercrespo teve azar. Um problema na montagem limitou-lhe a noite. Bem equipado com o seu portátil, estava preparado p fazer alguns registos fotográficos. Infelizmente ficou-se pela observação. P a próxima prometeu levar o dobson de 12”.


Aqui estou eu com o meu canhão XTi 10”

Uma boa abertura aliada à simplicidade da montagem e à qualidade de um céu com magnitude superior a 6 só podia resultar numa noite em cheio. Vários “fuzzies” foram observados com a ajuda de um buscador EZfinder expressamente comprado p a ocasião, uma vez q o buscador Telrad e o Skyatlas não iam chegar a tempo. Foi uma aposta em cheio :sunny:
Com um buscador típico 9x50 de ângulo recto, o starhoping é, na minha opinião, mt mais complicado. Com o Ezfinder é quase q uma brincadeira. Consegui inclusive detectar a M17 numa situação de fraca visibilidade das estrelas de referência, já q Sagitário estava relativamente baixo no horizonte, mergulhado ainda na neblina q se fazia sentir. Com o Telrad e o Skyatlas prevejo ainda mais facilidades. Recomendo qq buscador do tipo red point.


O Miguel Lopes e a mala do seu carro carregado com o C6.

Infelizmente não consegui uma foto com o Miguel e o seu equipamento montado. Facto irrelevante. O equipamento esteve na verdade mt activo e à disposição de todos. Apesar de uma abertura mais limitada, o C6 proporcionou sempre excelentes imagens, mts vezes puxadas ao máximo, como a dupla dupla de Lyra. Os enxames e várias nebulosas completaram o "cardápio".


O meu primo Emanuel junto ao meu equipamento.

Há uns dias atrás encontrei o Emanuel num bar aqui em Paços. Na ocasião tinha acabado de tirar a melhor foto q consegui à Lua e como estava com a máquina resolvi mostrar-lhe. Foi o início de uma longa conversa sobre esta nossa actividade. Mostrou-se bastante interessado e por isso convidei-o p vir a este encontro. Passou a noite a observar nos vários telescópios, sempre com os meus binóculos ao pescoço e a fazer as perguntas normais de um comum curioso. Teve inclusive a oportunidade de manusear o meu dobson. Não se saiu nada mal ;-)

A dada altura senti q faltava qq coisa… Mais carros q equipamentos? Pois, faltava um: o do Bruno. Rapidamente a situação foi esclarecida: esquecera-se dos pesos p a montagem do seu C6 newtoniano. Que grande galo! Foi realmente uma pena e não dá p imaginar a enorme frustração q deve ter sentido. Mas concerteza chegou rapidamente à conclusão q a noite não estava de maneira alguma perdida. A quantidade, variedade e qualidade dos equipamentos à disposição proporcionaram uma experiência única e inesquecível.

O C11 do João entretanto lá chegou. Q monstro. Era difícil não ser o centro das atenções. Não concordam?
Senão vejam:



É realmente uma experiência única observar por este canhão estelar. A qualidade, nitidez e brilho das imagens, aliadas à fiabilidade da montagem, tornam bem empregue todos os euritos q este setup vale. Um sonho p muitos q ali estavam presentes, garanto. Foram vários os objectos observados com a ajuda de um Goto apuradíssimo. Faziam-se filas p se ter a oportunidade de observar objectos como mts nunca viram.

No decorrer da noite o vento abrandou até se tornar praticamente nulo, o q fez atenuar um pouco o frio q se fazia sentir. Infelizmente não ficamos tão longe da estrada como parecia e de facto havia algum trânsito, a mais p o local q era. Como não havia qq iluminação pública evidentemente q os carros transitavam com os máximos ligados, o suficiente p prejudicar a adaptação dos olhos ao escuro. Lá nos fomos habituando a essa intempérie até q um carro se aproximou invulgarmente de nós. Será um intruso? Ou um simples curioso? As dúvidas foram imediatamente dissipadas a partir do momento em q desligou as luzes à medida q se aproximava cada vez mais do nosso grupo. Afinal, faltavam ainda 2 elementos q tinham confirmado a presença e q ainda não tinham dado sinal. Era um deles, o Rui Santos do Grupo Polaris, acompanhado do amigo Paulo Marques. À lista dos equipamentos em serviço juntou-se um Meade LXD55 de 8”.


O Rui com o LXD5 8” e a prova de q realmente estava mt frio.

O Rui foi o último a chegar mas em contrapartida foi dos últimos a sair, juntamente com o amigo Paulo Marques. Dedicaram-se essencialmente à astrofotografia em piggyback. Aguardo entretanto por alguns trabalhos efectuados e espero um dia publicá-los aqui. De resto foi bom ver um equipamento igual a um q já possuí a trabalhar como deve ser :)

E assim estávamos nós a aproveitar cada momento p trocar experiências, equipamentos e acessórios e ao mm tempo a desfrutar de um céu bastante bom. Enquanto uns observavam e outros conversavam, o João, com a ajuda de um laser verde, deu uma pequena aula ao Emanuel mostrando algumas constelações visíveis na ocasião, bem como os nomes das principais estrelas e outros objectos de interesse. Fez um verdadeiro roteiro pelo céu.







Depois de cerca de 4h de intensa actividade e com a neblina a apertar, estava na hora da parte mais difícil: arrumar tudo novamente na mala do carro. Mas como disse e bem o amigo Bernardo, já faz parte. E depois de uma noite tão agradável, os equipamentos eram arrumados com um enorme sorriso de satisfação.

Era então tempo da foto do grupo. Peço desculpa pela má qualidade mas na altura não tive a percepção q as fotos iam sair assim tão más :(  
As meninas entretanto ficaram no quentinho dos seus carros.


Da esquerda para a direita: João Cruz, Paulo Aguiar, Emanuel Santos, Rogério Crespo, Cláudio Ribeiro, Paulo Santos, Bruno Novo, Rui Santos, Paulo Marques, Miguel Lopes e Bernardo de Andrade.

Tivemos assim um total de 13 participantes (um número q por sinal deu sorte) com 8 telescópios em funcionamento: Etx 70, Newton Vixen 114, Mak Skywatcher 127, C6, C8, LXD55 8”, XTi 10” e C11.

Chamo a especial atenção pelo esforço do Bernardo q veio de Cascais e do João Cruz q veio de Leiria. Ambos se sujeitaram a uma longa viagem p se juntar a nós. Uma verdadeira prova do quão importante é p eles esta actividades e é por esta mostra de dedicação q vale a pena continuar e repetir este tipo de experiências. Obrigado pela vossa contribuição no encontro ;-)

E assim terminou mais um encontro de astrónomos amadores com a agradável sensação q tudo correu pelo melhor e q valeu a pena todo o esforço e tempo dispensado. Resta-nos agora esperar por uma nova oportunidade. Espero tb q toda a organização tenha sido eficiente e q não haja nada a apontar.

P finalizar em grande, já a caminho de casa o meu primo confessou-se: “Já estou viciado. Adorei. Espectacular.” Resultado: passei a viagem a explicar-lhe os passos a tomar até comprar um telescópio :D

Cumps

6
Notícias / 500 dias em Vénus
« em: Setembro 06, 2007, 11:50:54 am »
A Venus Express orbita o gémeo da Terra há já 500 dias terrestres, completando o mesmo número de órbitas. Enquanto o satélite se mantém estável e com uma performance excelente, o planeta continua a surpreender e a espantar.

Embora se encontre num ambiente algo provocador, a Venus Express está em excelente condições. Recebe quatro vezes mais radiação solar que a sua sonda gémea, Mars Express, mas as modificações ao desenho da sonda funcionaram como planeado e as operações têm decorrido de um modo muito estável.

Muitas actividades diferentes transpiram a bordo a cada órbita: os instrumentos são ligados e desligados, os seus modos de operação são alterados, tal como os seus alvos, e a sonda testa e monitoriza os seus sub-sistemas de um modo mais ou menos contínuo. As poucas anomalias que ocorreram foram rapidamente resolvidas por controladores vigilantes.


Impressão de aritsta da Venus Express em torno de Vénus.
Crédito: ESA


A 18 de Agosto, Vénus encontrava-se na mais curta distância da Terra. O planeta estava também alinhado com a Terra e com o Sol. Dada a curta distância, todos os instrumentos e o sistema de comunicações funcionaram à máxima velocidade. Aqui na Terra, o download dos dados foi feito sem dificuldade.

Esta situação é muito diferente quando Vénus se encontra no outro lado do Sol. Devido à grande distância, a velocidade de envio dos dados baixa para 22 kbps, um décimo do máximo. Nestas alturas, a competição entre os instrumentos pode ser bastante dura. Mesmo assim, uma quantidade impressionante de dados - cerca de 1 Terabit, 10^12 bits - foi transmitido para a Terra durante os primeiros 500 dias.

Håkan Svedhem, cientista do projecto Venus Express, diz: "Os cientistas analisando os dados têm uma tarefa difícil mas excitante à sua frente." Terão que arquivar os dados e extraír os detalhes mais importantes desta imensa colecção de imagens, espectros e perfis de temperatura, pressão e composição química.

As primeiras análises detalhadas estão agora a ser terminadas e dentro em breve serão publicadas em revistas científicas. Entre muitos outros achados que surpreenderam os cientistas, está o facto da atmosfera de Vénus parecer extremamente instável. Observações recentes com o Espectómetro Visível e Infravermelho (VIRTIS), mostraram que a estrutura atmosférica de Vénus muda rapidamente, de dia para dia.


Imagens nocturnas tiradas em oitos órbitas consecutivas em Fevereiro de 2007. Cores intensas e brilhantes mostram áreas com menos nuvens. Isto é devido à radiação ser originária de regiões mais quentes por baixo das nuvens, que é bloqueada para nuvens mais espessas.
Crédito: ESA/ VIRTIS/ INAF-IASF/ Obs. de Paris - LESIA


Giuseppe Piccioni, investigador co-principal do VIRTIS a bordo da Venus Express, diz: "Parece que nas latitudes médias se forma uma espécie de região de transição com fluxos na sua maioria laminares. Movendo-se na direcção do equador, existem mais fluxos convectivos na atmosfera, ao passo que as regiões polares são dominadas por enormes vórtices.

A meteorologia do planeta, incluindo a sua atmosfera profunda, é altamente variável. "Embora a configuração do fluxo seja similar, a instensidade da turbulência muda significativamente de uma órbita para outra," acrescenta Pierre Drossart, investigador co-principal do VIRTIS.

A região polar ou o 'buraco negro' visto em imagens é onde o dipólo polar domina. O dipólo polar é o nome dado ao duplo-vortex gigante, cada um com cerca de 2000 km de diâmetro, semelhante ao olho de um furacão. O duplo-vortex foi visto em ambos os pólos, rodando em direcções opostas (no sentido dos ponteiros do relógio no pólo Norte e ao contrário no pólo Sul). As observações com a Venus Express mostram que o vortex no pólo Sul também muda de forma rapidamente, de uma órbita para outra.

Fonte: Centro Ciência Viva do Algarve

7
Notícias / "Chove" vapor de água em jovem sistema estelar
« em: Setembro 06, 2007, 11:47:31 am »
O Telescópio Espacial Spitzer da NASA detectou vapor de água suficiente para encher cinco vezes os oceanos da Terra dentro de um ninho colapsante, uma região de formação estelar. Os astrónomos dizem que o vapor de água está caíndo a partir da nuvem natal do sistema e colidindo com um disco de poeira onde se pensa que os planetas se formam.

Estas observações providenciam o primeiro olhar directo de como a água, um ingrediente essencial para a vida tal como a conhecemos, começa a se dirigir para os planetas, possivelmente até para planetas rochosos como o nosso.


O Spitzer observou um jovem sistema estelar como o exemplificado na imagem, e descobriu no seu interior vapor de água em quantidades suficientes para encher os oceanos da Terra cinco vezes.
Crédito: NASA/JPL-Caltech


"Pela primeira vez, estamos a ver água sendo entregue à região onde os planetas provavelmente se formam," disse Dan Watson da Universidade de Rochester, Nova Iorque. Watson é o autor de um artigo sobre este sistema estelar jovem e "vaporoso", presente na edição de 30 de Agosto da revista Nature.

O sistema estelar, com o nome NGC 1333-IRAS 4B, está ainda crescendo dentro um casulo frio de gás e poeira. Dentro deste casulo, orbitando em torno da estrela embriónica, está um rebento morno em forma de disco, composto por materiais de formação planetária. Os novos dados do Spitzer indicam que o gelo do casulo exterior do embrião estelar está a cair na direcção da estrela em formação e a transformar-se em vapor à medida que colide com o disco.


Este diagrama ilustra as viagens que a água toma num jovem sistema estelar.
Crédito: NASA/JPL-Caltech


"Aqui na Terra, a água chegou na forma de asteróides e cometas gelados. A água também existe maioritariamente como gelo nas densas nuvens que formam as estrelas," disse Watson. "Agora observámos que a água, caíndo como gelo a partir do invólucro de um jovem sistema estelar até ao seu disco, na realidade é vaporizado à chegada. Este vapor de água irá mais tarde congelar novamente e formar asteróides e cometas."

A água é abundante no Universo. Foi detectada na forma de gelo ou gás em torno de vários tipos de estrela, no espaço entre as estrelas, e mais recentemente o Spitzer detectou a primeira assinatura de vapor de água num planeta quente e gasoso fora do nosso Sistema Solar, de nome HD 189733b.


Esta imagem tirada pelo Spitzer mostra o berçário estelar, de nome NGC 1333, que contém o jovem sistema estelar, IRAS 4B.
Crédito: NASA/JPL-Caltech/Harvard-Smithsonian CfA


No novo trabalho do Spitzer, a água também desempenha um papel importante no estudo de detalhes do processo de formação planetária há muito procurados. Ao analisar o que está acontecendo à água em NGC 1333-IRAS 4B, os astrónomos estão aprendendo mais sobre o seu disco. Por exemplo, calcularam a densidade do disco (pelo menos 10 mil milhões de moléculas de hidrogénio por centímetro cúbico); as suas dimensões (um raio maior que a distância média entre a Terra e Plutão); e a sua temperatura (170 Kelvin, ou -103 graus Celsius).

"A água é mais fácil de detectar que outras moléculas, por isso podemos usá-la como sonda para estudar outros discos recém-formados e estudar a sua física e química," disse Watson. "Isto irá ensinar-nos muito mais sobre como os planetas se formam."

Watson e seus colegas estudaram 30 dos mais jovens embriões estelares usando o espectógrafo infravermelho do Spitzer, um instrumento que abre a radiação infravermelha num arco-íris de comprimentos de onda, revelando "impressões digitais" de moléculas. Dos 30 embriões estelares, encontraram apenas um, NGC 1333-IRAS 4B, com uma colossal assinatura de vapor de água. Este vapor é facilmente detectado pelo Spitzer, pois à medida que o gelo colide com o disco de formação planetária do embrião estelar, aquece muito rapidamente e brilha no infravermelho.

Porque é que apenas um entre 30 embriões estelares mostra sinais de água? Os astrónomos dizem que é muito provavelmente porque NGC 1333-IRAS 4B tem mesmo a orientação desejada para o Spitzer observar o seu núcleo denso. Também, porque esta fase aguada na vida de uma estrela é pequena e difícil de apanhar.


Gráfico de dados infravermelhos, que mostra a forte assinatura de vapor de água dentro do núcleo do um sistema estelar embriónico.
Crédito: NASA/JPL-Caltech/Universidade de Rochester


"Capturámos uma fase única na evolução de uma jovem estrela, quando os constituintes da vida se estão movendo dinamicamente para um ambiente de formação planetária," disse Michael Werner, cientista da missão Spitzer no JPL da NASA em Pasadena, Califórnia.

NGC 1333-IRAS 4B está localizado numa linda região de formação estelar a aproximadamente 1000 anos-luz de distância na constelação de Perseu. O seu embrião estelar central está ainda a "alimentar-se" do material colapsando à sua volta e a crescer em tamanho. Nesta fase, os astrónomos não conseguem ainda determinar quão grande se tornará esta estrela.

Fonte: Centro Ciência Viva do Algarve

8
Notícias / Descoberto novo fenómeno solar
« em: Setembro 06, 2007, 11:41:20 am »
Foram detectadas pela primeira vez esta semana pelos cientistas ondas misteriosas que ajudam a transportar a energia do Sol para o espaço.

Os investigadores têm esperança que a sua descoberta destes vestígios energéticos, conhecidos como ondas Alfven, ajude a aumentar o conhecimento sobre outros fenómenos tais como os campos magnéticos solares e a sua coroa superaquecidas, que constitui a sua atmosfera mais exterior. Um novo vídeo mostra a acção destas ondas .

"As ondas Alfven podem fornecer-nos informações sobre processos que são fundamentais para o funcionamento do Sol e o seu impacto sobre a Terra," disse Steve Tomczyk, um cientista espacial que trabalho no National Center for Atmospheric Research (NCAR), nos Estados Unidos da América.


A coroa solar. Crédito: NASA.

Como uma onda a viajar ao longo de um fio, as ondas Alfven deslocam-se ao longo das linhas do do campo magnético solar e chegam até às profundezas do espaço. Embora os astrofísicos já tivessem detectado estas ondas a grandes distâncias do Sol, nunca as haviam visto nas proximidades da nossa estrela, pois eram demasiado ténues e demasiado rápidas para serem detectadas.

Para observar estas ondas ténues Tomczyk e os seus colegas usaram o polarímetro coronal multicanal (CoMP) instalado no National Solar Observatory's no Observatório de Sacramento Peak no Novo México, e apontaram-no à ténue coroa solar. Graças à velocidade de aquisição do CoMP de uma imagem a cada 15 segundos, foi possível aos cientistas observar as ondas a viajar a cerca de 15 milhões de quilómetros por hora.

"As ondas são visíveis em todos os momentos e existem em toda a coroa, o que inicialmente foi surpreendente para nós," disse Scott McIntosh, um astrofísico do Southwest Research Institute em Boulder, no Colorado.

As ondas poderão ajudar a explicar como é que a energia é transferida para a coroa solar, que se encontra milhões de graus mais quente que a sua superfície.

Esta notícia foi publicada detalhadamente na edição online de 30 de Agosto da revista Science.

Fonte: Centro Ciência Viva do Algarve

9
Astrofotografia: Digital / A Lua está melhor
« em: Agosto 31, 2007, 07:28:24 pm »
Boas.

A noite passada resolvi testar os novos conhecimentos q obtive p optimizar a minha máquina digital compacta p a astrofotografia planetária e lunar.

Várias fotos foram tiradas com diversos aumentos, todas pelo método afocal sem qq tipo de suporte de fixação.

Vejam o melhor resultado q consegui em tempos com outras configurações:


E o melhor resultado q obtive ontem foi este:



Notam-se as melhorias? :geek:
Cumps

10
Notícias / Vapor de água para encher cinco vezes os oceanos da Terra
« em: Agosto 30, 2007, 04:03:28 pm »
O telescópio espacial 'Spitzer', da NASA, detectou num sistema planetário em formação a quantidade suficiente de vapor de água para encher cinco vezes os oceanos da Terra, revelou hoje a agência espacial.

Em comunicado, o Laboratório de Propulsão a Jacto (JPL), da Agência Espacial Americana (NASA), explicou que estas observações constituem a primeira visão directa da forma como a água, elemento crucial na formação de vida, começa a fazer parte dos planetas, inclusivamente dos rochosos, como a Terra.

"Pela primeira vez estamos a observar como a água aparece numa região onde provavelmente se formam planetas", explicou Dan Watson, astrónomo da Universidade norte-americana de Rochester e autor de um estudo sobre o sistema, identificado como NGC 1333-IRAS 4B.


Crédito: AP

Este sistema encontra-se a, aproximadamente, mil anos-luz da Terra, na constelação de Perseu.

Segundo os especialistas da NASA, o vapor de água tem origem numa nuvem central do sistema e cai sobre um disco de poeira estelar, que seria o material da formação inicial dos planetas.

"À Terra, a água chegou na forma de asteróides e cometas de gelo. A água também existe como gelo nas densas nuvens que formam as estrelas", disse o astrónomo norte-americano.

"Agora vimos que a água, que cai na forma de gelo de um sistema estelar jovem, evapora para depois se congelar novamente e se transformar em asteróides e cometas", acrescentou Watson.

"Conseguimos detectar uma fase muito especial na evolução de uma jovem estrela, na qual o material da vida avança dinamicamente rumo a um ambiente no qual se podem formar planetas", disse, por sua vez, o cientista da missão do 'Spitzer' nos escritórios do JPL, na Califórnia (EUA), Michael Wenero.

Fonte: Agência Lusa in SIC Online

12
Notícias / Curv. d Einstein descoberta em torno d estrelas d neutrões
« em: Agosto 29, 2007, 06:37:33 pm »
A curvatura do espaço-tempo prevista por Einstein foi descoberta em torno de estrelas de neutrões, a matéria observável mais densa do Universo.

De acordo com astrónomos da NASA e da Universidade do Michigan, a curvatura aparece como linhas borradas de gás ferroso girando em torno das estrelas. O achado também indica um tamanho limite para estes objectos celestes.

As mesmas distorções foram já descobertas em torno de buracos negros e até mesmo em volta da Terra, por isso embora a descoberta não seja nada surpreendente, é importante para responder algumas questões básicas da Física, diz o membro da equipa de estudo, Sudip Bhattacharyya do Centro Aeroespacial Goddard da NASA em Greenbelt, Maryland e da Universidade de Maryland, College Park.

"Este é um tema fundamental da Física," disse Bhattacharyya. "Podem existir tipos exóticos de partículas ou estados de matéria, tal como a matéria quark, nos centros das estrelas de neutrões, mas é impossível criá-las em laboratório. A única maneira de as descobrirmos é compreendendo as estrelas de neutrões."

As estrelas de neutrões podem conter mais material que uma estrela numa esfera com o tamanho de uma cidade. Poucas colheres do material das estrelas de neutrões pesariam mais que o Monte Evereste. Os astrónomos usam estas estrelas colapsadas como laboratórios naturais de modo a estudar como esta matéria tão densa pode ser compactada nas mais extremas pressões que a Natureza pode proporcionar.




Para apenas começar a explicar o mistério do que se encontra dentro destas estrelas mortas, os cientistas têm que medir com precisão e detalhe os seus diâmetros e massas.

Em dois estudos simultâneos, astrónomos usando o Observatório de Raios-X da ESA, XMM-Newton, e o observatório de raios-X Japonês/NASA Suzaku, estudaram três binários com estrelas de neutrões: Serpens X-1, GX 349+2 e 4U 1820-30. Também estudaram as linhas espectrais de átomos de ferro quente que gira em torno de um disco para lá das superfícies das estrelas de neutrões a velocidades que alcançam 40% da velocidade da luz.

Normalmente, as linhas espectrais medidas para os átomos de ferro superaquecido deveriam aparecer como um pico simétrico. No entanto, os seus resultados mostraram um pico assimétrico, indicativo da distorção resultante de efeitos relativísticos. O movimento extremamente rápido do gás (e da poderosa gravidade relacionada), dizem, faz com que as linhas pareçam borradas, desviando-as para maiores comprimentos de onda.




As medições permitiram determinar o tamanho máximo da estrela. "Estamos vendo o gás rodando mesmo por fora da superfície da estrela de neutrões," disse o membro da equipa do XMM-Newtron, Edward Cackett da Universidade do Michigan. "E dado que a parte interior do disco não pode obviamente orbitar mais próximo que a superfície da estrela de neutrões, estas medições dão-nos um tamanho máximo do diâmetro da estrela de neutrões." As estrelas de neutrões, diz, não podem ter mais que 33 quilómetros de diâmetro.

O artigo científico do XMM-Newton foi publicado no dia 1 de Agosto no Astrophysical Journal Letters. O outro artigo foi entregue para publicação ao mesmo jornal.

Fonte: Centro de Ciência Viva do Algarve

13
Notícias / Sonda Hayabusa recupera terceiro motor iónico
« em: Agosto 29, 2007, 06:29:56 pm »
No final de 2005, esta newsletter mencionou por várias vezes a sonda Hayabusa, uma sonda japonesa que viajou até ao asteróide Itokawa, que supostamente terá aterrado e recuperado amostras. Não se sabe se de facto teve sucesso, visto ter sofrido à última da hora várias avarias e uma perda de contacto com a Terra. A sonda perdeu todo o seu combustível para os motores de impulsão devido a uma fuga, e por isso os controladores da missão têm desde aí tentado fazer regressar a Hayabusa usando os seus motores iónicos.


Concepção de artista da sonda japonesa Hayabusa, aterrando no asteróide e começando as operações de recolha de amostras.
Crédito: Space Robotics Lab/Universidade de Tohoku


Estes motores ionisam o gás xénon e usam depois campos eléctricos para acelerar iões, providenciando um contínuo - embora fraco - impulso. Estavam apenas destinados a serem usados na viagem para longe do asteróide.

Dois dos seus quatro motores iónicos foram testados em meados de 2006 e descobriu-se que estavam aptos a funcionar, e a Hayabusa começou a sua viagem de regresso em Abril de 2007. Mas estes motores estão em perigo de falhar - um já funciona há 13.500 horas, perto do seu limite de funcionamento de 14.000 horas.

Agora, os operadores da sonda conseguiram reavivar um terceiro motor iónico. O facto de ter outro motor a funcionar aumenta as hipóteses da sonda ser capaz de viajar até à Terra. De acordo com um comunicado de imprensa da Agência Espacial Japonesa (JAXA), o motor começou a disparar iões no passado dia 28 de Julho depois de alguns dias a aquecer a fonte de energia do motor. O terceiro motor apenas esteve ligado durante 7.000 horas, o que o deixa com um tempo de vida superior aos outros dois. O quarto motor actua como um motor de reserva caso os outros falhem.


O asteróide Itokawa. Ninguém sabe o porquê de não existirem crateras de impacto, embora existam duas teorias.
Crédito: ISAS/JAXA


A Hayabusa tinha o objectivo de recolher amostras do Itokawa ao disparar pequenas esferas metálicas, recolhendo os detritos libertados pela rocha de 535 metros. Mas os dados das duas aterragens em Novembro de 2005 sugerem que estes pequenos chumbos nunca foram disparados porque o computador de bordo da sonda enviou sinais conflituosos aos seus instrumentos de recolha.

Se a sonda regressar em 2010, como está planeado, os cientistas poderão finalmente descobrir se recolheu ou não as primeiras amostras de um asteróide durante as suas duas aterragens na pequena rocha espacial Itokawa.

Mesmo assim, os cientistas da missão esperam fazer regressar a sonda à Terra, caso algum pó do asteróide tenha sido recolhido por acaso. Se completar a viagem, espera-se que liberte uma cápsula que aterrará no deserto australiano em Junho de 2010.

Fonte: Centro de Ciência Viva do Algarve

14
Boas.
Depois de me terem referido há uns tempos q o "flocking" do tubo tornava as imagens mais contrastadas pois o seu interior ficaria mt mais escuro com esta aplicação, resolvi fazer uma pesquisa na net p encontrar opiniões/técnicas necessárias p um bom procedimento. Hoje mm ouvi falar em papel de veludo autocolante e lembrei-me q era precisamente esse o material q precisava e resolvi meter mãos à obra. Nesse sentido venho partilhar convosco o trabalho q fiz esta tarde.

Encontrar o material não podia ter sido mais fácil. Pelos meus cálculos precisaria de cerca de 2,5m por 0,50m desse papel e fui então a uma drogaria aqui na minha localidade e comprei precisamente a quantidade q precisava por pouco mais de 7€.

Levei cerca de 3h p desmontar todos os componentes do tubo, forrar o interior com o papel de veludo e voltar a montar tudo.
Comecei por desmontar o espelho primário e a forrar a primeira metade do tubo. As diferenças eram imediatamente notórias. Preferi ir desmontando as peças à medida q ia necessitando, principalmente a armação de ferro no topo do tubo. O objectivo era evitar q este se deformasse e tornasse a montagem mais problemática.

Cheguei ao final do processo com apenas 3cm2 de sobra de papel :o As minhas contas estavam certas :D
As diferenças à vista são enormes como poderão constatar nas fotos em anexo. Só resta experimentar no exterior e avaliar os resultados ;-)

Seguem-se as fotos..
Cumps

15
Já está disponível o programa do 2º Festival de Astronomia de Vila Nova de Paiva q irá decorrer entre os dias 14 e 16 de Setembro.




Toda a informação está disponível nesta página: ASTROPAIVA

Cumps

Páginas: [1] 2 3 ... 26