Autor Tópico: Planetas em órbita de estrelas duplas  (Lida 4298 vezes)

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Offline apie

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Planetas em órbita de estrelas duplas
« em: Março 30, 2007, 12:17:46 am »


O duplo pôr-do-sol que Luke Skywalker admirava no filme "Star Wars", pode não ser apenas fantasia...

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 :wink:
APIE
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Offline NMS

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« Responder #1 em: Março 30, 2007, 03:32:47 pm »
Vejam o pequeno video em:

http://www.jpl.nasa.gov/videos/spitzer/spitzer20070329/

Este é um pôr do sol (sois) fantástico...   :wink:

Saudações
« Última modificação: Janeiro 01, 1970, 01:00:00 am por NMS »

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« Responder #1 em: Março 30, 2007, 03:32:47 pm »

Offline Fil

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« Responder #2 em: Março 30, 2007, 06:02:09 pm »
Ena..
Só estranho é o comentário que os discos de poeira "resultam da formação de planetas" (dito pela apresentadora)..  Até que ponto não poderá ser ao contrário, ou até que ponto não pode haver discos de poeira sem planetas formados? Mas realmente o que um dos fulanos diz, que "a probabilidade de haver um planeta rochoso como a Terra é grande", faz sentido.
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Fil.
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Offline omeuceu

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« Responder #3 em: Março 31, 2007, 09:38:50 am »
ainda continuam com termos geocêntricos. :S o Sol é que se põe... boa. Razz

O termo mais correcto seria talvez visibilidade do Sol - (para o nascer do sol até ao pôr do Sol), e depois não visibilidade do Sol. Era mais correcto e percebe-se. Smile Obviamente que as nuvens não contam para a história. Smile

Outra coisa: é muito mais frequente os planetas serem banahdos por dois dsóis que apenas um. O caso da Terra é assim um caso anómalo comparando com o que é "normal" acontecer noutros sistemas planetários.
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Offline Miguel Lopes

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« Responder #4 em: Março 31, 2007, 03:32:43 pm »
A vida nesses planetas deve ser complicado, pois se uma das estrelas oculta a outra, a variação de temperatura deve ser brutal
« Última modificação: Janeiro 01, 1970, 01:00:00 am por Miguel Lopes »
"a astrologia é a ciência dos ignorantes, a astronomia é a dos que se sentem ignorantes" - Miguel Lopes

Offline omeuceu

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« Responder #5 em: Março 31, 2007, 04:00:44 pm »
nós não podemos saber... o conceito de vida que conhecemos  é que onde quer que ela exista na Terra está associada a água. Nesses outros mundos, poderemos ter realidades diferentes, distintas adaptações às condições existentes - as leis físicas aparentemente serão as mesmas... mas as de biologia podem ser muito diferentes das que se conhecem por cá.
Se fôssemos a ter uma visão mais antropocÊntrica, diríamos que as fortíssimas marés que devem acontecer nesses outros mundos podiam tornar dificl a exitência de vida. Duas estrela spróximas atrairão com certeza muito mais material da periferia de tais sistemas, também... há uma série de "problemas" que serão fáceis de imaginar num mundo assim. Quem diz que a evolução tem de ser lenta? Ela pode ser mesmo muito mais rápida do que se pensa. Isto foi um dos grandes enganos de Darwin. ;) Por isso, eu estou aberto À possibilidade de mesmo num ambiente desses poder haver vida que nós não conseguimos imaginar como seja. Mas isto é pura especulação. Baseada apenas naquilo que queremos acreditar. Mas as coisas não funcionam assim. Por isso temos de estar abertos a todas as possibilidades, mesmo as remotas. ;) Daí que isso é relativo dizer que se tem tais condições... ser dificil. É um pensamento talvez confortável, mas pode nem corresponder à realidade. O que sabemos:  é que nada sabemos como pode ser a vida fora da Terra, se é realmente possível ou impossível. Só baseamos apenas nas crenças que temos! Nem sequer temos provas indirectas que poderiam dar alguma suspeita de vida. Mesmo falando dos compostos químicos que se encontraram no espaço: tem água no espaço, tem X, tem Y. Não... detectar vida é um problema mesmo bicudo e procurá.la ainda mais. :D
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Offline xumaxer

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« Responder #6 em: Março 31, 2007, 05:59:01 pm »
Citação de: "omeuceu"
ainda continuam com termos geocêntricos. :S o Sol é que se põe... boa. Razz (...)


Bem, não me parece fácil que termos utilizados séculos a fim sejam de "uma  rotação terrestre para outra"  (:D ) postos de lado, ainda para mais, quando o que se vê é tão real (o Pôr do Sol)... perdão, o afastamento do nosso lugar em relação ao Sol :shock:

Não me custa a crer que o nosso amigo omeuceu também utilize a expressão "para baixo todos os santos ajudam", quando tem que andar para cima ou para baixo. É que fisiologicamente, o descer trás muito mais complicações e micro lesões musculares do que o subir. Assim acontece, por exemplo, quando descemos escadas. Todos nós preferimos descê-las a subi-las e dizemos isso mesmo, que "para baixo..."  :shock: Pois é, mas por algum acaso já se perguntaram porque a famosa prova no ESB em NYC se realiza para cima e não para baixo? Subir aqueles degraus todos representa muito menor agressão para os músculos que descê-los. Por isso, não me parece muito correcto utilizar essa expressão, do ponto de vista científico, mas também, a nossa vida não é só feita de ciência pois não?
O que é importante é o contexto em que as expressões são ditas.

Cumps  :wink:
« Última modificação: Janeiro 01, 1970, 01:00:00 am por xumaxer »
Cumps ;)

JC
xumaxer
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"Nunca vi tão bem; a noite é bela; o meu telescópio é o melhor do mundo" William Herschel in Telescópios (2004)

http://myskyatnight.

Offline omeuceu

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« Responder #7 em: Março 31, 2007, 07:42:11 pm »
isso é um exemplo terrestre - dentro do que se passa aqui na Terra. Aqui falamos da interacção de dois corpos - e dar totalmente a ideia errada do que se passa, mas eu também digo no dia-a-dia essa expressão mesmo sabendo que ela está incorrecta. O baixo/cima/direita/esquerda está tão enraizado que será dificil desligar disso. :) pois no espaço como sabemos não hã direcções privilegiadas :)
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Offline Miguel Lopes

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« Responder #8 em: Março 31, 2007, 07:49:00 pm »
A estação espacial tem cada parede com côr diferente para que os astronautas se orientem.
« Última modificação: Janeiro 01, 1970, 01:00:00 am por Miguel Lopes »
"a astrologia é a ciência dos ignorantes, a astronomia é a dos que se sentem ignorantes" - Miguel Lopes

Offline PauloSantos

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« Responder #9 em: Abril 04, 2007, 05:27:24 pm »
O duplo pôr-do-Sol que Luke Skywalker observou na saga "Guerra das Estrelas" pode não ser uma fantasia.

Astrónomos, usando o Telescópio Espacial Spitzer, observaram que sistemas planetários - discos poeirentos de asteróides, cometas e possivelmente planetas - são pelo menos tão abundantes em sistemas duplos como são naqueles com apenas uma estrela, tal como o nosso. Dado que mais de metade de todas as estrelas são gémeas, ou binários, este achado sugere que o Universo está recheado com planetas que têm dois sóis. Os "pôr-dos-sóis" em alguns desses mundos seriam muito parecidos aos observados no planeta de Luke Skywalker, Tatooine, onde duas bolas de fogo desceriam para trás do horizonte, uma a uma.

"Parece não haver nada contra a formação de sistemas planetários em sistemas binários," disse David Trilling da Universidade do Arizona, Tucson, autor principal de um artigo acerca da pesquisa, presente na edição de 1 de Abril do Astrophysical Journal. "Podem existir incontáveis planetas por aí com dois ou mais sóis."

Anteriormente, os astrónomos sabiam que os planetas se podiam formar em sistemas binários excepcionalmente largos, nos quais as estrelas estão 1000 vezes mais longe que a distância entre a Terra e o Sol, ou cerca de 1000 unidades astronómicas. Dos aproximadamente 200 planetas extra-solares descobertos até agora, cerca de 50 orbitam um membro de um largo duo estelar.


Diagrama que ilustra que os sistemas planetários podem ser mais comuns em torno de sistemas binários, estrelas que ou estão muito próximas, ou muito distantes.
Crédito: NASA/JPL-Caltech/Univ. do Arizona


O novo estudo do Spitzer foca sistemas binários que são um pouco mais acolhedores, com distâncias de separação entre zero e 500 unidades astronómicas. Até agora, não se sabia se a curta proximidade de estrelas como estas poderiam afectar o crescimento dos planetas. As técnicas de caça planetária geralmente não funcionam bem com estas estrelas, mas em 2005, um astrónomo patrocinado pela NASA descobriu provas de um planeta candidato num destes sistemas múltiplos.

Trilling e seus colegas usaram os olhos infravermelhos do Spitzer para pesquisar, não planetas, mas discos de poeira em sistemas binários. Estes chamados discos de detritos são constituídos por bocados de rocha com o tamanho de asteróides, que nunca chegaram a constituir planetas rochosos. A sua presença indica que o processo de formação planetária ocorreu em torno de uma estrela, ou estrelas, possivelmente resultando em planetas intactos e maduros.

No estudo mais compreensivo do seu género, a equipa procurou discos em 69 sistemas binários entre 50 e 200 anos-luz de distância da Terra. Todas as estrelas são um pouco mais jovens e mais massivas que o nosso Sol de meia-idade. Os dados mostram que cerca de 40% dos sistemas têm discos, valor um pouco mais alto que a frequência para uma amostra comparável de estrelas sozinhas. Isto significa que os sistemas planetários são pelo menos tão comuns em torno de sistemas binários do que são em sistemas mono-estelares.

Em adição, os astrónomos ficaram surpresos por encontrar que os discos eram ainda mais frequentes (cerca de 60%) em torno dos binários mais próximos no estudo. Estes íntimos companheiros estelares situam-se entre zero e três unidades astronómicas. O Spitzer detectou discos orbitando ambos os membros dos pares estelares, em vez de apenas um. Sistemas estelares como estes é onde planetas, se estiverem presentes, disfrutariam de pôr-dos-sóis como os de Tatooine.

"Ficámos bastante surpreendidos em descobrir que os grupos mais compactos tinham mais discos," disse Trilling. "Isto poderá significar que a formação planetária será mais provável em próximos binários do que em estrelas individuais, mas também poderá implicar que estes mesmos binários são apenas mais poeirentos. Observações futuras poderão providenciar uma melhor resposta."

Os dados do Spitzer também revelam que nem todos os sistemas binários são lugares propícios à formação de planetas. O telescópio detectou bem menos discos em sistemas binários com distâncias intermédias de separação, entre três e 50 unidades astronómicas. Isto implica que as estrelas ou têm que estar muito próximas, ou então razoavelmente longe, para os planetas se formarem.

"Para um planeta num sistema binário, o local é tudo," disse o co-autor Karl Stapelfeldt do JPL da NASA.

"Os sistemas binários já foram bem ignorados," acrescentou Trilling. "São mais difíceis de estudar, mas podem ser os locais mais comuns para a formação de planetas na nossa Galáxia."

Fonte: CCV do Algarve
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Paços de Brandão/Stª Mª Feira

Latitude 40º 58\' 01"
Longitude -8º 34\' 59"
Altura 138m

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« Responder #9 em: Abril 04, 2007, 05:27:24 pm »