Cientistas europeus e americanos confirmaram a existência de lagos de metano em Titan, a maior lua de Saturno, a partir das imagens captadas pela sonda Cassini, como explicam esta semana na revista científica britânica "Nature".
No artigo, os cientistas, de prestigiadas universidades europeias e americanas, explicam que Titan é a única lua do sistema solar que conta com uma atmosfera densa, similar à qual existia na Terra durante a sua etapa de formação, com finas camadas de metano e nuvens de nitrogénio.
Durante muito tempo pensou-se que poderiam existir lagos ou, inclusive, mares de metano na superfície desse satélite, mas, segundo os pesquisadores, até agora não havia provas conclusivas disso.
Em 22 de Julho de 2006, a sonda Cassini visualizou as regiões setentrionais de Titan e revelou um número de amplas e escuras manchas ao redor da superfície do pólo, com diâmetros que variavam de 3 a 70 quilómetros.
A baixa reflexividade ao radar das manchas indica uma superfície lisa que contrasta com o terreno que as rodeia, o que sugere que estão compostas de líquido, rocha ou gelo.
O radar detectou igualmente, segundo os cientistas, linhas sinuosas que se dirigem em direcção às manchas e que apresentam a aparência de canais fluviais, enquanto outras parecem estar contidas em depressões circulares, similares aos lagos das crateras ou às caldeiras vulcânicas da Terra.
A combinação das provas radiométricas e as características morfológicas das manchas e a sua localização nessas depressões topográficas levaram os pesquisadores à conclusão que são lagos de metano.
Segundo os especialistas, Titan é o único corpo do sistema solar, fora a Terra, no qual se encontraram provas de um ciclo hidrológico de condensação activo.
Na sua opinião, conforme avançam as estações do ano, os lagos do hemisfério norte expandem-se devido às precipitações de metano, enquanto os do hemisfério sul reduzem o seu tamanho ou desaparecem completamente.
Fonte: Agência EFE in Yahoo News