Autor Tópico: Sonda da Nasa revela dados do passado e do presente de Marte  (Lida 2754 vezes)

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Offline PauloSantos

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Sonda da Nasa revela dados do passado e do presente de Marte
« em: Outubro 17, 2006, 02:22:30 pm »
O orbitador "Mars Reconnaissance Orbiter" enviou novas informações sobre o ambiente actual e do passado do planeta Marte, informou hoje o Laboratório de Propulsão a Jacto (JPL, em inglês) da Nasa.

Essa informação foi colhida pela sonda antes de começar em Novembro o seu objectivo principal: analisar a atmosfera e a superfície marciana e estudar possíveis lugares de aterrisagem para futuras missões da agência americana.

O JPL informou hoje em comunicado que entre 29 de Setembro e 6 de Outubro, o orbitador transmitiu dados de dezenas de lugares que refletem episódios diferentes da história geológica marciana.

Os instrumentos da sonda, entre eles seu espectrómetro e a sua câmara de alta resolução, evidenciaram a forma e a composição de gelo perto do pólo norte marciano.

As imagens também mostram camadas superiores que sofreram erosão e revelam depósitos de argila que surgiram há bilhões de anos quando as condições de humidade permitiram a formação desse material.

As observações de uma cratera no hemisfério sul marciano também revelam detalhes de fendas recentes nas montanhas que se somam às provas de que foram escavadas pelo fluxo de água.

"Há camadas de gelo que são geologicamente jovens, de milhares ou milhões de anos, e é possível que ofereçam a chave das mudanças climáticas" no planeta, acrescentou.

"Nesta etapa inicial testamos os instrumentos que estão a funcionar de maneira perfeita", assinalou Steve Saunders, director do programa científico do Mars Reconnaissance Orbiter.

Uma das fotografias tiradas pelo módulo ajudou no mês passado a traçar a rota que devia seguir a sonda "Opportunity" na sua viagem pela cratera Vitória.

"Haverá outras imagens que ajudarão na selecção de um lugar seguro para a aterrisagem da "Phoenix Mars Lander", outra sonda cujo lançamento está previsto para o próximo ano, assinala Saunders.

Fonte: Agência EFE in Yahoo News
« Última modificação: Janeiro 01, 1970, 01:00:00 am por PauloSantos »
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Offline sara

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« Responder #1 em: Outubro 17, 2006, 04:23:14 pm »
ainda me pergunto... será que já houve vida em Marte?

É realmente uma boa questão.
« Última modificação: Janeiro 01, 1970, 01:00:00 am por sara »

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« Responder #1 em: Outubro 17, 2006, 04:23:14 pm »

Offline PauloSantos

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« Responder #2 em: Outubro 18, 2006, 01:33:21 pm »
Mais informação:

Uma camada de poeira situada entre sedimentos de gelo perto do pólo norte de Marte sugere que o clima do planeta mudou drasticamente mais ou menos nos últimos 100,000 anos, revelam imagens recentemente obtidas pela sonda MRO da NASA.

Pesquisas prévias sugeriram que a inclinação do eixo de rotação de Marte flutua entre os 10º e os 40º com a variação do tempo, levando a grandes mudanças climáticas.


Uma camada de poeira entre duas de gelo sugere mudanças climáticas em Marte. O topo da imagem tem cores reais. A de baixo revela a vista no infravermelho, que realça o contraste entre o gelo brilhante e a poeira escura.
Crédito: NASA/JPL/JHUAPL


A sonda MRO, que começou a enviar imagens detalhadíssimas do Planeta Vermelho no final de Setembro de 2006, providenciou novas evidências que o clima de Marte sofreu grandes alterações há relativamente pouco tempo.

A imagem foi feita com o instrumento CRISM (Compact Reconnaissance Imaging Spectrometer for Mars) e mostra parte de um vale chamado Chasma Boreale que corta a calote polar Norte de Marte.

Três camadas são visíveis na calote. A do topo corresponde ao mais recente período da história climática de Marte, durante o qual o gelo cresceu no pólo Norte. A camada de baixo é também constituída por gelo e parece representar um período com um clima similar.


As "gullies" cortam os lados de uma cratera sem nome com cerca de 12 km de diâmetro no hemisfério sul de Marte. Uma mostra uma estrutura entrelaçada, característica de leitos na Terra que transportam sedimentos.
Crédito: NASA/JPL/Universidade do Arizona


Entre estas duas encontra-se uma camada de poeira. A sua presença sugere uma era com um clima muito diferente, quando o gelo já não era depositado na região polar.

"O que isto nos diz é que na calote polar norte, ao longo dos últimos 100,000 anos, tem havido uma mudança climática bem dinâmica," afirma Scott Murchie, líder da equipa do CRISM, do Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins em Laurel, Maryland, EUA.

A MRO também enviou imagens capturadas pela câmara HiRISE (High Resolution Imaging Science Experiment) que mostram leitos de rio entrelaçados e outros sinais de água passada em Marte.

No hemisfério Sul, uma imagem de alta-resolução de "gullies" esculpidas nos lados de uma cratera reinforça a visão de que algumas destas características, que são observadas em vários locais no planeta, podem ter sido causadas por água líquida.


Diferentes tipos de barro são revelados perto de um canal chamado Mawrth Vallis, 25 graus a Norte do equador de Marte, nestas imagens a cores falsas tiradas pelo CRISM. O azul e o verde indicam barros ricos em ferro na imagem à esquerda. As mesmas cores realçam os barros ricos em alumínio à direita. Ambos pensam-se que tenham sido formados com a ajuda de água.
Crédito: NASA/JPL/JHUAPL


Alguns cientistas já tinham previamente sugerido que estes sinuosos canais foram criados por avalanches de dióxido de carbono ou rios de poeira.

A imagem mostra que algumas destas "gullies" têm uma estrutura entrelaçada, estrutura esta característica de correntes sedimentárias aqui na Terra. Os sedimentos amontoam-se em partes mais lentas do leito, eventualmente bloqueando-o e forçando o leito a contornar essas áreas.

A água parece ter fluído mais que uma vez na área da imagem, dado que "gullies" mais pequenas cortam as maiores e presumivelmente mais antigas, diz Alfred McEwan da Universidade do Arizona em Tucson, EUA. "Não se formou em apenas um dia," diz. "Isto é algo que se formou durante um período de tempo com múltiplos eventos."

Desde que as imagens foram tiradas na primeira semana de Outubro, Marte moveu-se para bastante próximo do Sol segundo a perspectiva da Terra, o que impede uma comunicação fiável com a MRO durante um mês.

Durante o hiato de comunicações, a sonda irá tirar imagens e fazer medições da atmosfera do planeta. Os dados serão guardados na sonda até que a comunicação regular possa ser resumida no princípio de Novembro.

Fonte: Centro de Ciência Viva do Algarve
« Última modificação: Janeiro 01, 1970, 01:00:00 am por PauloSantos »
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Offline sara

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« Responder #3 em: Outubro 18, 2006, 04:19:42 pm »
uau, isso são imagens de marte? se são estão muito bem tiradas :)
« Última modificação: Janeiro 01, 1970, 01:00:00 am por sara »

Offline joaorrpinto

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« Responder #4 em: Outubro 19, 2006, 11:22:52 am »
Citar
ainda me pergunto... será que já houve vida em Marte?


Pois, isso é um tema que tem posto a cabeça em água aos astrónomos...
Haver vida até pode ter havido, nem que seja unicelular, mas até agora ainda não houve nenhum indicio de vida inteligente, mas quem sabe se marte até pode ter sido como a terra? Nos documentários que tenho visto sobre astronomia, quase todos dizem que o culpado principal de marte ter aquele aspecto de "ferrugem" dever ter tido algo haver com a crecente diminuição do campo magnético marciano, por isso marte n tinha qualquer tipo de protecção contra os ventos solares, matando assim todo o tipo de vida existente em marte (ou então não)... :roll:
Mesmo assim penso sempre se existerá outros tipos de seres mais ou menos inteligentes que nós e o seu tipo de cultura...Quem me dera a mim ainda cá estar para presenciar um momento desses!!!

Cumps.
« Última modificação: Janeiro 01, 1970, 01:00:00 am por rapidix »
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« Responder #4 em: Outubro 19, 2006, 11:22:52 am »