Autor Tópico: [Duvida] Dúvida sobre equipamento...  (Lida 10086 vezes)

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Offline AJC

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« Responder #15 em: Setembro 21, 2006, 06:10:05 am »
Eu não me aventuraria em uma montagem dobsoniana porque o apontamento é muito difícil. Uma montagem EQ ou AZ com círculos horizontal e vertical bem graduados poderiam facilitar a identificação dos objetos.
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Offline PauloSantos

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« Responder #16 em: Setembro 21, 2006, 10:17:49 am »
Boas AJC.
Antes de mais, sê bem vindo ao fórum :wink:
Claro q uma montagem equatorial é mais precisa e facilita na hora da procura de objectos mas antes disso terá q ser bem alinhada. A montagem dobsoniana não deixa de ser no entanto mais fácil de manusear por ser mais rápido (não necessita qq alinhamento). É aconselhada a iniciantes e acredite q em pouco tempo já se consegue apontar com uma certa facilidade p mts objectos. Falo por experiência própria uma vez q já tive uma EQ e tenho agora precisamente um dobson 8)
Cumps
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« Responder #16 em: Setembro 21, 2006, 10:17:49 am »

Offline AJC

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« Responder #17 em: Setembro 22, 2006, 11:21:00 pm »
Você deve ter boa memória fotográfica para visualizar uma imagem em uma carta e depois, apenas no olhar, achar aquilo no céu. Ou o contrário, achar algo no céu e depois localizar na carta. Isso eu não consigo. Eu calibro uma montagem azimutal com apenas uma estrela com a altura e azimute e o computador atualiza as informações como se fosse um clock drive. A partir daí acho qualquer coisa, qualquer apontamento. Talvez essa seja mais uma razão pela qual prefiro pequenas lunetas. Colocar grandes refletores em montagens tornam o sistema muito instavel, prejudicando a observação.
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Offline Paulo Gordinho

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« Responder #18 em: Setembro 29, 2006, 02:24:25 pm »
Caro amigo AJC

Então quer dizer que sem computador é como se estivesses cego, não se trata de memorizar a carta, não es capaz de utilizar uma carta e seguir estrela a estrela até encontrares o objecto a observar? é caso para perguntar como te iniciaste na astronomia? eu digo isto porque considero   o conhecimento do ceu a olho nú como que a escola primaria da astronomia "grandes reflectores em montagens torna o sistema muito instável" queres dizer que pode cair tudo no chão e então prejudicar a observação? uma luneta pequena sempre é mais barato o risco.
Ja alguma vez observas-te num reflector 10" em montagem Equatorial?

Cumprimentos.
Gor
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Offline Guilherme de Almeida

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« Responder #19 em: Outubro 20, 2006, 02:53:12 pm »
COMO CALCULAR OS PARÂMETROS DE UM TELESCÓPIO ?

Indicam-se seguidamente alguns meios para calcular de uma forma simples e automática os principais parâmetros de um telescópio..

Indicam-se também as distâncias de recuo das oculares quando se foca o telescópio a curtas distâncias.

1. Cálculos com telescópios
Alguém precisa de obter resultados numéricos com telescópios?

Por exemplo: calcular a amplificação, campo real, pupila de saída, magnitude limite, poder separador, tempo de travessia diametral do campo por uma estrela (com telescópio estacionário), etc., etc. A folha calcula imensos parâmetros!

Para isso podem utilizar esta folha de cálculo que idealizei, calculei e optimizei expressamente para estas funções. O Link está em baixo.

http://www.astrosurf.com/apaa/GA/Telesc ... lares2.xls

O seu uso é auto-evidente e poupa muito tempo, evitando contas. Basta introduzir os dados nos campos amarelos. Tudo o resto é calculado automaticamente. Podem preencher com as oculares que quiserem*, até um máximo de 15, indicando a distância focal e o campo aparente de cada uma. A folha calculará automaticamente todos os outros valores.

*--Estão lá algumas, mas podem substituir por outras, à vontade.



2. Focagem de telescópios a curta distância
Se precisarem de focar um telescópio a curta distância (por exemplo para colimação, ou para ver objectos próximos, também idealizei, calculei e optimizei uma folha de cálculo especial, de fácil utilização, que permite automaticamente saber quanto é que a ocular tem de recuar para obter a focagem, relativamente à posição que a ocular tinha quando o telescópo estava focado "para infinito".

O link, neste caso, é:

http://www.astrosurf.com/apaa/GA/Focage ... ancias.xls

Espero que estes dados sejam úteis a todos os potenciais interessados.
Guilherme de Almeida
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Guilherme de Almeida

Offline AJC

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« Responder #20 em: Outubro 22, 2006, 05:11:31 pm »
Citação de: "Paulo Gordinho"
Caro amigo AJC

Então quer dizer que sem computador é como se estivesses cego, não se trata de memorizar a carta, não es capaz de utilizar uma carta e seguir estrela a estrela até encontrares o objecto a observar? é caso para perguntar como te iniciaste na astronomia? eu digo isto porque considero   o conhecimento do ceu a olho nú como que a escola primaria da astronomia "grandes reflectores em montagens torna o sistema muito instável" queres dizer que pode cair tudo no chão e então prejudicar a observação? uma luneta pequena sempre é mais barato o risco.
Ja alguma vez observas-te num reflector 10" em montagem Equatorial?

Cumprimentos.
Gor


Isso mesmo Paulo, desde 1999 quando tive acesso aos primeiros programas para observação astronômica, o computador passou a ser de fundamental importância para eu realizar meus apontamentos. Por exemplo, a estrela HR PEG de RA:  22h54m55.78s   DE:+16°58'41.6"; eu não consigo localizar essa estrela no céu sem um computador. Pode ser que alguém consiga mas isso requer um talento muito grande e uma memória fotográfica que eu não tenho. Respondendo à sua segunda pergunta, iniciei na observação astronomica em 1986 com a passagem do cometa de Halley com um binóculo Zenith 16X50, instrumento que me causava grandes dores de pescoço. A terceira pergunta, para se tornar um grande refletor estável a montagem quase sempre é muito pesada e telescópios grandes exigem aumentos grandes para RESOLVER  a imagem o que torna a observação muito delicada e qualquer vibração compromete a observação. A quarta pergunta, já observei em 10 polegadas da MEADE na ocasião da aproximação de Marte em 2003 e tinha, curiosamente, a mesma qualidade do que um ETX90 também da MEADE. Na observação deep sky telescópios grandes exigem um céu muito limpo, coisa que eu não tenho. Faço observações diárias do quintal da minha casa e fica muito difícil me deslocar 50 km daqui para ver céu. Por isso a minha opção por 60mm: fácil de guardar, fácil de apontar, leve, estável (requer baixos aumentos) e não exige muitos acessórios.
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Offline joaorrpinto

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« Responder #21 em: Outubro 22, 2006, 07:04:51 pm »
Citar
Eu não me aventuraria em uma montagem dobsoniana porque o apontamento é muito difícil.

Boas!
Bem, eu acho que a facilidade de apontamento de um telescópio depende do objectivo de cada observador.
Por exemplo se quisermos ver júpiter ou outro planeta com magnitude suficiente para se ver no céu não precisamos de qualquer tipo de circulos graduados...mas se já quisermos fazer uma observação a objectos cuja localização é mais dficil, convém que tenhamos uma montagem precisa e com os circulos...
Mas pelo o que vejo o minstrel, pretende começar por observações gerais, como planetas, nebulas etc...objectos que qualquer principiante desejava ver ...Por isso acho que um bom telescópio e uma boa montagem dobson ou altaazimutal seja o suficiente para uma observação...O que não contraria a utilização de um simulador celeste...mas com o tempo e hábito uma pessoa habitua-se à posição dos objectos no local de observação, se bem que os circulos graduados sejam uma óptima ajuda para quem quer fazer astrofotografia...
 :wink:

Cumps.
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Offline Guilherme de Almeida

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« Responder #22 em: Outubro 23, 2006, 09:08:53 pm »
Nota de Guilherme de Almeida
No caso de um telescópio de Dobson, apontar o telescópio para planetas ou mesmo para alvos do céu profundo é muito fácil, mais fácil até do que, por exemplo, num ETX em modo manual (como é óbvio, o observador deve conhecer o céu, ou saber usar um atlas celeste!).
Esta facilidade em apontar depende em parte do tamanho (abertura) do telescópio, mas é verdade comprovada pelo menos no intervalo de aberturas de 4 a 10 polegadas. Por exemplo, num Dobsoniano de 8 polegadas f/5 ou f/6, a manejabilidade e a segurança de uso são prodigiosas. Mas não se esqueçam de o colimar...

Conhecendo o céu (na zona que estamos a explorar), apontar com sucesso (com um dobsoniano)  objectos do céu profundo é "tiro e queda". Mas atenção: o buscador para céu profundo deverá ser um 9x50, ou 8x50, de preferência auxiliado por um apontador de amplificação unitária (Telrad, Quickfinder, EZ Finder ou semelhante). Utilizar um buscador 5x24, ou  mesmo um 6x30, para céu profundo é quase sempre uma perda de tempo. Por isso, o "Upgrade" para 9x50 ou 8x50 é muito recomendável.

Nos dobsonianos só é difícil apontar o tubo quando estamos perto do zénite: é o famoso "buraco de Dobson". E isso sucede pela própria orientação dos eixos que permitem o movimento do tubo.

No caso das montagens equatoriais (alinhadas ao pólo celeste), é difícil apontar o telescópio em regiões próximas do pólo celeste observável do local onde o observador se encontra. Também apenas devido à orientação dos eixos.

Boas observações e óptimas pontarias...
Guilherme de Almeida
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Guilherme de Almeida

Offline PauloSantos

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« Responder #23 em: Outubro 23, 2006, 09:37:31 pm »
Citação de: "Guilherme de Almeida"
Nos dobsonianos só é difícil apontar o tubo quando estamos perto do zénite: é o famoso "buraco de Dobson". E isso sucede pela própria orientação dos eixos que permitem o movimento do tubo.

Sem dúvida. Pude constatar isso nestas férias, qd procurava por objectos circundantes do Triângulo de Verão. Qt ao tamanho do buscador, de facto nunca coloquei a hipótese de fazer um upgrade ao meu de origem (6x30). Sinceramente não tenho mts dificuldades, talvez por estar acostumado com o q tenho. Provavelmente, com um buscador 9x50 os objectos tornavam-se mt mais fáceis de detectar... Mas aí coloca-se a questão: será q vale a pena investir num novo buscador? Ou não seria melhor poupar p comprar uma daquelas oculares q fazem a diferença (Orion Stratus :P ) e melhorar o meu humilde arsenal? Ou até mm investir num bom filtro nebular (OIII).
Enfim, é sempre algo caricato.
Cumps
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Offline joao marum

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« Responder #24 em: Outubro 23, 2006, 10:25:34 pm »
Na minha opinião, desde que conhecemos a constelação para a qual vamos apontar e desde que tenhamos um conhecimento sobre como usar as cartas celestes, não penso que um dob seja mais complicado de apontar do que um simples binóculo, porque o que usamos para apontar é mesmo o buscador. No meu caso, realmente, logo ao principio, fazia-me jeito ter além do buscador óptico, tambem um buscador de amplificação unitária. Nunca sabia se a estrela que via com o olho esquerdo a olho nu, era a mesma que estava no direito, no buscador optico de 8X50mm. Mas com o hábito, adquiri essa capacidade. Penso que para quem não tenha um buscador de amplificação unitária, o buscador direito é melhor para apontar do que o de angulo recto, pois tem a vantagem de estarmos a olhar com os dois olhos abertos na direcção do astro a apontar. Claro que temos de rodar os mapas de modo a orienta-los correctamente para corresponderem com o que estamos a ver. Penso que para um dob, um buscador de 50mm vale sempre a pena. Não te esqueças que vais sempre precisar dele antes de passar para a ocular. Não faças como eu, que ao principio, antes de me saber orientar pelas cartas, tinha a mania de apontar para as proximidades do objecto e depois andar com o telescopio às voltas na esperança que ele aparece na ocular. Isso é pura perca de tempo.
Quanto ao dobson hole, é verdade. Acontece, mas não me xateia assim muito porque realmente isso só acontece no zénite. Outra coisa. Para não teres dores de pescoço ao usar um buscador direito, é muito importante um banco alto. Eu gostava de ter uma daquelas cadeiras de astrónomo ajustáveis em altura, mas não tenho e assim o que acabo por usar, são dois bancos, um pequeno e um grande, conforme a altura do astro a observar.
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« Responder #25 em: Outubro 23, 2006, 11:25:22 pm »
Citação de: "Guilherme de Almeida"
é o famoso "buraco de Dobson"
Off-topic: Em Computação Gráfica (e matemáticas), o mesmo problema decorrente da "combinação de rotações de Euler" tem o nome de "Gimbal Lock" :)
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Offline Paulo Gordinho

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« Responder #26 em: Novembro 03, 2006, 11:00:38 am »
Amigo AJC.

Na sua Mensagem de 22-10-2006 onde diz " já observei em 10 polegadas da MEADE na ocasião da aproximação de Marte em 2003 e tinha, curiosamente, a mesma qualidade do que um ETX90 " o amigo lembra-se se a atmosfera estava estavel e se ambos os telescópios estavam a usar a mesma amplificação?

Corrigem-me se estou enganado, e que ainda sou muito maçarico na Astronomia, mas pela experiência que tenho em observar por diferentes aberturas de telescopios.
Partindo do principio em que a atmosfera esteja estável um telescópio de abertura superior vai buscar maior poder resolvente, mais resolução, mais detalhe.
Comparar diferentes qualidades de imagem observadas em diferentes aberturas sem levar em consideração a estabilidade atmosferica e a amplificação empregue, apenas nos pode levar a erros de julgamento entre telescópios.
O poder resolvente de um telescópio de abertura de 90mm situa-se entre as amplificações de 90x a 180x numa abertura de 254mm situa-se entre 250x e 500x
Acho que uma abertura de 254mm não esteja fora dos limites considerados ideais para a observação de planetas, será sim um instrumento onde o seu poder resolvente ira "brilhar" em noites de baixa turbolencia atmosférica, claro que uma abertura de 90mm onde sejam aplicadas amplificações dentro do seu poder de resolucão dará imagens de maior estabilidade em noites de turbolencia maior, ate posso dizer que seja uma abertura mais "util"  a utilização na maior parte das noites na observação de planetas.

Gor
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MEADE
« Responder #27 em: Novembro 05, 2006, 07:16:57 pm »
Pois é Paulo,
...teoricamente 254mm resolve muito mais que 90 mas depende da qualidade do ar que por aqui não é das melhores e na ocasião da aproximação de Marte o ar estava muito seco e com muita poeira em suspensão mas é o ar que respiro e a cidade em que vivo. O aumento em 90mm era menor que o aumento em 254mm mas os detalhes eram os mesmos. O que pude ver em um eu também vi no outro. A imagem em 254mm era mais brilhante porém com os mesmos detalhes e cores. Pra mim é inviável sair 50km para ver céu. Moro em uma cidade com 2,4 milhões de habitantes e com 700 mil veículos circulando diariamente além de um parque industrial na região metropolitana (4 milhões de habitantes), além das empresas de mineração em torno da cidade e das queimadas na área rural adjacente. O meu céu é assim por isso acho que é muito relativo afirmar que um 254mm resolve mais que 90mm pois vai depender da qualidade do ar que infelizmente a MEADE não pode vender. E o mais curioso: as empresas norte-americanas vem aqui para o terceiro mundo, nos exploram e nos enchem de fábricas poluidoras. E depois de algum tempo querem nos vender MEADE made in USA para céus limpos? Depois de algum tempo, Paulo, a gente passa a ter um pouco de maldade sobre as coisas. O meu óculos, na vertical, só me dá 55 graus de campo. Não preciso mais do que isso para ver o mundo. Mas as empresas insistem em vender lentes de 67, 70, 82 e 84 graus de campo. Já reparou o quanto é ruim a nossa visão periférica acima de 50 graus? Mas os fabricantes querem faturar. Querem embutir uma necessidade de consumo que na MAIORIA DAS VEZES, é desnecessária. Aqui no Brasil o limite de velocidade nas estradas é de 100 km/h mas os fabricantes anunciam de forma triunfante carros que vão a 200km /h. Aumentam os acidentes, as mortes, atropelamentos, multas e vítimas fatais.Quem perde somos nós. Quem ganha são os fabricantes. Estamos lidando com uma ciência nobre que é a Astronomia que frequentemente nos conduz a todo tipo de reflexão e por isso me sinto à vontade aqui para sempre estar convidando vocês a esse nível de reflexão neste e no outro fórum. Pense...que equipamentos agregam mais acessórios? mais consumo? A quem interessa grandes aberturas? Pode ser que pra muitas pessoas um 254mm seja um ótimo investimento mas todas as questões acima deveriam ser exploradas para se ver os dois lados da questão. Por aqui ainda sou o único a questionar isso mas apenas preparo a terra...semeio...logo os frutos virão.
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Offline joao marum

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« Responder #28 em: Novembro 05, 2006, 11:12:42 pm »
Olá AJC. Realmente se eu estivesse na sua situação, provavelmente faria o mesmo. Pensava que a sua situação fosse melhor. Assim é complicado. Realmente, num céu de cidade, o investimento num diametro grande, penso que não vale muito a pena. Para não falar, que localizar objectos assim, no dob, seria muito dificil no mínimo se não temos estrelas suficientes visiveis no buscador para nos orientarmos. Infelizmente é uma realidade com que muitos astrónomos amadores se debatem hoje em dia.  :cry:
« Última modificação: Janeiro 01, 1970, 01:00:00 am por joao marum »
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Offline Miguel Lopes

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« Responder #29 em: Novembro 06, 2006, 09:55:29 am »
Era interessante ter uma tabela de relação de abertura máxima utilizável por qualidade do céu do observador.
Imagino, por exemplo, que para um céu de uma zona suburbana típica, mais do que 8" seja desperdício e até prejudicial.
« Última modificação: Janeiro 01, 1970, 01:00:00 am por Miguel Lopes »
"a astrologia é a ciência dos ignorantes, a astronomia é a dos que se sentem ignorantes" - Miguel Lopes

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« Responder #29 em: Novembro 06, 2006, 09:55:29 am »