Definitivamente desviámo-nos do tópico original.
O Carlos Capela tem razão. O tele-transporte que não respeite a velocidade da luz como limite funcionaria como uma máquina do tempo.
Vou exemplificar com algo mais terra a terra. Não é necessário pensar em Andrómeda. Pensemos em Marte...
Suponhamos que Marte se encontra a 300 milhões de km da Terra. E que um grande inventor inventa a máquina que permite o tele-transporte. Será razoável pensar que essa máquina só permita efectuar um tele-transporte para um outro local onde foi colocada uma outra máquina semelhante? Para este exemplo esta questão é irrelevante.
Suponhamos então que esse inventor coloca uma dessas máquinas aqui na Terra e outra em Marte. A máquina está numa sala e o o relógio de parede da sala marca p.ex. 15h16. Se eu entrar na máquina e no momento seguinte eu estiver em Marte e entrar de imediato na outra máquina (que está em Marte) e regressar à Terra no instante seguinte, ao sair da máquina o relógio que está aqui na Terra marcará 15h16 e alguns segundos, mas eu estarei em posição de prever um acontecimento futuro em Marte... Confusos? O Carlos Capela compreendeu!
Para tornar este exemplo mais fácil, vamos fazer o seguinte: Suponhamos que ao lado da máquina de Marte está um holofote gigantesco que eu ligarei quando chegar a Marte. Então eu parto aqui da Terra às 15h16. Chego a Marte no instante seguinte e ligo o holofote. No instante seguinte regresso à Terra. Aqui na Terra, ainda ninguém viu o clarão do holofote em Marte. Para nós (digo nós porque eu já estou na Terra), eu ainda não cheguei a Marte. O sinal que eu enviei de Marte só cá chegará 16,6 minutos depois. Eu poderei alertar a comunidade científica para um fenómeno que terá lugar em Marte, daqui a pouco mais de 15 minutos.
Se houvesse um totoloto intergaláctico, eu poderia assistir à extracção dos números sorteados, tele-transportar-me para um mundo distante, registar um boletim e ganhar o loto.
Até nem seria mal pensado...