Olá,
O Whithead não pôde e eu lá tentei apanhá-lo (tentei :lol: ).
Ontem em Matosinhos além das núvens altas tive uma H de 97% (só dei conta qd olhei para o higrómetro...completamente coberto de água e só depois de limpá-lo consegui a leitura!). Mas foi interessante pois deu para testar algumas coisas e ganhar algum conhecimento para a próxima.
Usei o Tak a f/6.2 (má ideia) e a QSI a -20ºC + filtro fotométrico Bessel R (chegou ontem).
O início previsto apontava para as 22:26 UT e o fim para as 0:15 UT. Lá fui a correr para o jardim do prédio (só decidi que iria fazer esta sessão por volta das 22:10...hora local) e só fiquei apto para fotografar (calibração da guiagem, focagem e seguimento guiado do alvo em marcha) pelas 23. Testar o alvo e encontrar o tempo certo de expo (!!!), mais 10 min. Primeira expo para a curva 23:12 (22:12 UT).
Aqui está o que saiu:
1 - HD189733Expo de 15s com filtro R (sem qq tipo de calibração) - rotação de 180º:
as estrelas usadas para a calibração e controlo estão assinaladas
Trânsito do HD189733b ( :lol: :lol: :lol: )(No eixo das abcissas: data juliana 2455000 + ie 2455000.425 JD = 17jun2009 22:12 UT - 2455000.510 JD = 18jun2009 00:14 UT)
E o FWHM ao longo da sessãoComentários- comecei a sessão com o objecto a 28º de alt e "sobre" o quadrante onde apanho a maior contaminação luminosa (NE). Além disso os telhados quentes propiciam uma grande turbulência (mas o trânsito não podia parar :lol: )
- embora tenha utilizado um tempo de expo curto (comecei com 120s pois tinha visto uns artigos em que os tipos usavam com o mesmo filtro R esse tempo de expo!!!) de apenas 15s, verifiquei que mesmo assim, a HD189733 tinha o centro "saturado" (64000 ADU). Essa saturação foi-se agravando à medida que a sessão decorria e as condições melhoravam (maior altitude -> menor a camada de atmosfera a ser atravessada; estabilização térmica; etc)
- no final das 156 expos de 15s fiz um teste com uma expo de apenas 10s e ....grhhh, nada de saturação, cerca de 58000 ADU.
Penso que é primordial garantir que o centro do nosso alvo não satura caso contrário, é impossível detectar a variação de magnitude que é aquilo que nós pretendemos (e que é o fundamento do método da fotometria diferencial). Cada um conhece a câmara que possui e deve ter este pormenor em atenção.
Existem ainda outros pormenores a considerar mas fica para a próxima (preciso de verificar para confirmar).
2 - TrES-3Acabei a sessão a apontar para o nosso (grupo TrES-3) "goal" do próximo sábado. Fiz 3 expos: 30, 60 e 120s tb com o filtro R. Este alvo é cerca de 76x menos brilhante que o anterior (Vmag 12.4 contra 7.7) e obtive uma leitura de apenas 11200 ADU no centro. No céu de FCôa vou ter que encontrar o tempo de expo correcto de modo a obter cerca de 80% da saturação (50 - 52K).
Deixo aqui um crop a 100% da expo de 120s não calibrada e as respectivas "legendas".
Expo de 120s com filtro R (sem qq tipo de calibração) - rotação de 180º:
Espero não vos ter chateado muito e ter contribuído positivamente :sunny: .
abc,
paulobao