Autor Tópico: Terrorismo Espacial  (Lida 907 vezes)

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Offline PauloSantos

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Terrorismo Espacial
« em: Junho 27, 2006, 02:12:55 pm »
De acordo com testemunhas que depuseram em Washington DC a semana passada, se os EUA não protegerem os seus satélites em órbita da Terra, o equivalente a um carro-bomba no espaço poderá levar a economia de volta aos anos 50.

"Estamos num invulgar bom momento para os EUA no espaço, e não irá durar," disse Michael O'Hanlon, do Instituto Brookings, ao subcomité das Forças Armadas dos EUA na passada Terça. "Não pode durar."

Os satélites americanos de posicionamento global (GPS) e de telecomunicações comerciais estão já a sofrer interferências de armas de baixa tecnologia a partir da superfície. Uma pendente ameaça, disseram as testemunhas, é uma arma lançada para o espaço com o intuito de directamente atacar um satélite ou detonar um aparelho nuclear que poderá "fritar" as electrónicas de muitos satélites ao mesmo tempo.

Tal ataque poderia danificar a capacidade militar dos EUA e também afectar a vida civil do dia-a-dia. Por exemplo, as transacções dos cartões de crédito são autorizadas através de comunicações de satélite, e a maioria dos canais de cabo são enviados para a Terra através de satélites. "Não nos preocupamos muito com ataques nucleares nos nossos satélites como deveríamos, e penso que é um erro," disse O'Hanlon.

O Tratado Espacial de 1967 proíbe o uso de armas nucleares no espaço. Mas numa altura de guerra, um país poderá detonar uma bomba nuclear numa órbita terrestre baixa. Qualquer satélite a dezenas de quilómetros seria provavelmente destruído e qualquer satélite sem protecção num raio de centenas de quilómetros correria o risco de ser danificado ou ficar incapacitado.

Com o tempo, a explosão levaria um número adicional de partículas carregadas às cinturas de radiação de Van Allen que rodeiam a Terra, destruíndo a operação da maioria dos satélites em baixa órbita da Terra num espaço de um mês, discute O'Hanlon sob testemunho escrito.

"Penso que a maioria dos países poderia levar a cabo tal ataque anti-satélite logo na primeira tentativa. Não precisamos de estar tão perto para destruír algo." Mas seria consideravelmente mais difícil detonar uma arma nuclear numa órbita geosíncrona mais alta, onde muitos dos satélites militares e de comunicação orbitam.

Outra ameaça são satélites pequenos que podem colidir com maiores ou transportar explosivos convencionais. "Alguns países já tiveram no passado armas anti-satélites," (incluíndo os EUA), disse o tenente-general da Força Aérea do EUA, Robert Kehler. "Estamos atentos hoje em dia."

Uma possível resposta a esta ameaça de ataque é "fortalecer" os satélites de modo a tornar as suas electrónicas menos vulneráveis. As Forças Armadas dos EUA já fortalecem alguns dos seus satélites.

Mas se se pedisse às companhias americanas para fortalecerem os seus satélites, teriam mais dificuldade em competir com outras companhias internacionais que não precisam de tal requisito, notou Edward Morris, director do gabinete de comércio espacial da NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration).

O'Hanlon recomendou a melhoria da observação de satélites de modo aos EUA saberem se os seus satélites estão a ser atacados. Alguns satélites, incluindo os satélites do NRO (National Reconnaissance Office), têm já sistemas de alerta, enquanto os radares da Força Aérea podem seguir foguetões ou outros objectos no espaço.

Outra maneira de lidar com um ataque a um satélite é bloqueando as comunicações do atacante. "De facto, já utilizámos algumas das nossas capacidades terrestres de bloquear comunicações, por isso estamos numa boa posição de lidar com um adversário," disse Kehler.

Kehler disse também que uma outra ameaça num futuro próximo poderá ser um ataque a estações terrestres que comunicam com os satélites militares. As Forças Armadas já tiveram que aumentar a segurança nestas instalações, disse. "Mas só podemos construír umas quantas vedações," comentou Kehler, por isso também deveriam haver estações de prevenção."

Fonte: Centro de Ciência Viva do Algarve
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