Em termos de peso para uma montagem penso que só começa a ser problemático a partir dos 15~20 Kg.. 20Kg ainda se leva mais ou menos bem em distâncias curtas.. Mais que isso começamos a depender muito da ergonomia da montagem.. Certas montagem são mais "jeitosas" de se transportar que outras.. E aí só experimentando.
Em relação ao montar uma OTA na montagem, adaptadores é o que mais facilmente se arranja.. Em termos de facilidade de uma pessoa só encaixar isso, acho que depende do tubo. O que noto com um refractor de 4" com 5Kg e dovetail estilo vixen, é que dou por mim a ter facilmente uma mão na dovetail para encaixar à primeira na "ranhura" à altura do peito. Às vezes levo o OTA já com uma máquina fotográfica pendurada, e com mais o estaminé auxiliar de guiagem manual em cima, que já deve ser um peso à volta dos 9~10 Kg e a coisa é mais chata de fazer (uma mão a aguentar a maior parte do peso e a outra a orientar o processo).. O que me queixo mais é a falta de confiança que tenho em acertar com a dovetail no sítio e ter a certeza que está apertado e não cai; isto porque ao estar a segurar naquilo tudo junto ao corpo, não consigo ver onde aquilo está a ficar preso.
Por causa destas coisas, é minha opinião que um sistema com anéis de tubo seja mais fácil de lidar. Mas tenho pouca experiência com um telescópio grandito em anéis.. Talvez o mister Astrolupa possa mandar uns bitaites a este respeito
..
acredito que possa ser um pouco mais chato de balancear com anéis do que com uma dovetail com curso suficiente, porque temos o dobro dos parafusos onde mexer para apertar ou aliviar o tubo.
Mas eu gosto de imaginar as coisas bem presas, e "anéis" soa mais "bem preso"
Tem também a vantagem que enfiar um tubo nuns anéis à primeira parece-me mais fácil que enfiar a dovetail na montagem à primeira. :geek:
Entretanto se estás a pensar comprar um CCD "pequeno" (por omissão, um CCD é "pequeno" ou "caro" :mrgreen:) com um telescópio grande (telescópio grandes costumam ter uma distância focal grande) isso quer dizer que precisas de precisão e de muito boa pontaria. Com o tempo, isto costuma vir acompanhado de um desejo por GoTo. O GoTo não é essencial, mas limpa o cérebro de algumas dúvidas sobre o que fizemos
É preciso cuidado para não nos viciarmos nele
Isto leva-me à conversa do preço.. Com GoTo é mais caro, claro! em termos mecânico-electrónicos o que contribui para o aumento do preço são os encoders (precisão) e os motores (precisão, força, velocidade, etc).. A velocidade não é importante para fotografia, e acho preferível algo lento, porque gasta menos bateria, e 12V fazem a festa.. (se alguém for suficientemente maluco para guiar, num pontinho, para fotografar um pontinho e ficar sobre-exposto devido à exposição longa.. Fica só para a piada)
Em relação ao backlash, em AR não costuma haver problemas porque está sempre a rodar para o mesmo lado, como diz o Astrolupa, em Declinação é que as coisas já piam mais fino, porque em geral está parado. Só costuma ser necessário guiar em DEC se estamos a falar de cometas, asteroides, satélites (ui), aviões, outros ovnis (este então!), ou, mais frequentemente, quando a montagem não está muito bem alinhada com o polo.. Mas claro, isto são só alguns usos específicos, e na maior parte dos casos o backlash não importa.. Mas um outro sítio onde o backlash estraga as voltas é no GoTo..
O que faço para combater o backlash na minha EQ-5 é ter o telescópio mal equilibrado de propósito, pois assim há sempre alguma pressão (ligeira) na roda dentada/sem fim e não chegam a saltar. A parte chata disto é que ao mexer à mão, tenho que rodar muito suavemente para não começar a abanar muito.. Vai-se lá com a prática..
EDIT: pronto, esqueçam a parte do backlash com os satélites, porque esses andam tão depressa que não há forma de haver problema de backlash..